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Na crise causada pelo golpe, ricos ficaram mais ricos e pobres ficaram mais pobres

Entre 2014 e 2019, os 10% mais ricos da população brasileira tiveram sua renda aumentada de 49% para 52% como resultado do golpe.

Enquanto isso, lá embaixo da pirâmide, os 50% mais pobres, que antes da crise provocada pelo golpe ficavam com 5,74% da renda do trabalho, despencaram para apenas 3,5%, no primeiro trimestre deste ano, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre-FGV) divulgado hoje pelo jornal El Pais Brasil.

Entre 2014 e 2016 o Produto Interno Bruto (PIB) caiu cerca de 9%, mas os 10% mais ricos nem sentiram: já acumularam crescimento na renda de 3,3%, se tornando mais ricos que antes da crise. No mesmo período, os 50% mais pobres perderam 20% da renda, agravando a desigualdade social e econômica.

Em abril último, segundo o IBGE, os desempregados somavam 13,177 milhões, enquanto o PIB, caiu mais 0,2% nos primeiro trimestre do governo ilegítimo do Bolsonaro, em comparação com o final do desgoverno do golpista Temer.

Com produção em baixa, concentração de renda e falta de trabalho, já são 63,4% de famílias endividadas no Brasil até maio: um aumento de 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado.

Pelo índice Gini, que mede a desigualdade de renda nos países, temos a pior marca desde 2012, quando o índice passou a ser medido com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínuado IBGE.  Segundo o índice, de 0 a 1, Quanto maior o Gini, mais desigual é uma sociedade. Em março deste ano o valor medido ficou em 0,6257.

De acordo com o pesquisador Daniel Duque (Ibre-FGV), os mais pobres sentem mais os impactos da crise, e de maneira mais prolongada, devido à falta de dinâmica no mercado de trabalho. “Há menos empresas contratando e demandando trabalho, ao passo que há mais pessoas procurando. Essa dinâmica reforça a posição social relativa de cada um”, disse.

A ciência comprova o que todos sabemos por sentir na carne: os que sofrem com a crise são os trabalhadores. A burguesia, que criou a crise, repassou o ônus para a classe operária para salvarem seus lucros. Foi um sucesso: não só salvaram, como estão enriquecendo mais.

A receita para essa situação chama-se reoliberalismo, que é a mesma política adotada na Argentina ultimamente, que resultou no desastre que se vê lá e em todo lugar do mundo onde aporta. O neoliberalismo camufla momentaneamente e parcialmente a crise da perda de lucro dos ricos, ao destruir os direitos dos trabalhadores e os gastos do Estado.  Os outrora investimentos sociais do Estado passar a ser sonegados no atendimento ao povo e vão para o bolso dos capitalistas.

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