Os educadores também demandam garantias para a profissão docente, direito à saúde com dignidade para o magistério e conseguir um financiamento adequado para a educação pública.
A respeito, Fecode apontou que a violência antissindical neste país é sistemática, seletiva, política, disciplinante e instrumental.
Uma violência na que o principal responsável é o Estado por ação e omissão. A violência antissindical tem sido instrumento de perseguição, afirmou.
Fecode é o sindicato que mais mortes sofreu no marco do conflito armado, segundo informação divulgada durante a apresentação de seu caso ante o Sistema Integral para valer, Justiça, Reparo e Garantias de Não Repetição.
O relatório ‘A vida por educar’ inclui milhares de fatos de violência de 1986 a 2016. A violência ocorre em territórios onde teve conflito armado. Não foram casos isolados, expressou Alejandra Garzón, técnica da Federação.
Segundo ele, ‘a intenção dos supostos responsáveis foi perseguir os educadores devido a seu papel sindical, pedagógico, político, social e comunitário’.
Por sua vez, Martha Alfonso, vice-presidenta da organização, destacou que lhe puseram ao relatório ‘A vida por educar’ porque ‘quando o fizemos sentimos que tinha coisas eram truncadas, mas que sempre a vida terminou por se impor. Daqui tem que renascer um sonho que convoque a todos’.
A material mostra o ataque sistemático e os crimes de lesa humanidade contra o magistério, organizado contra a Fecode e seus dirigentes sindicais, com o objetivo de calar as lutas que se deram em unidade com o povo, onde a defesa da educação pública era uma das bandeiras centrais, argumentou.
A sala de aula é um lugar sagrado da democracia, de modo que atacar o magistério pode ser visto como uma forma de atacar a formação de democracia, manifestou Gustavo Salazar, magistrado da Jurisdição Especial para a Paz.
O mencionado relatório dá ênfase no processo de vitimização, perseguição e tentativa de extermínio dos professores e professoras ativistas filiados a Fecode, refere a informação divulgada.