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Festa da vacina

Na campanha de privatização da vacina, só ricos podem se salvar

As grandes empresas querem comprar vacinas, será que vão respeitar o princípio de universalidade do SUS?

Do ponto de vista histórico, as vacinas foram descobertas há uns 200 anos, sendo que com o avanço da medicina e tecnologia, foram sendo aprimoradas. Seu objetivo é imunizar a população de doenças transmissíveis como sarampo, catapora, gripe, etc., ou não transmissíveis, como o tétano, que é uma infecção bacteriana sem cura. As vacinas são tratamentos preventivos de doenças, e sempre foi uma luta no sistema de saúde, já que a cultura capitalista é cuidar da doença aguda, sempre gastando mais, uma forma de facilitar a corrupção.

     O SUS- Sistema único de Saúde, através do PIN-Programa Nacional de Imunização que já tem 30 anos, foi pioneiro na incorporação de diversas vacinas no calendário da saúde, e é (ou era) um dos poucos países do mundo que ofertavam de maneira UNIVERSAL, uma lista extensa e abrangente de imunobiológicos. O Brasil já chegou a erradicar doenças como a poliomielite, que acomete crianças causando a “paralisia infantil”, muito comum há 50 anos atrás. 

     O PNI é reconhecido mundialmente, e já participou da organização de campanhas de vacinação em vários países como Timor Leste, Palestina, Cisjordânia e Faixa de Gaza. Já fizeram capacitação de equipes de outros vários países.

     Para cumprir seu objetivo de proteger as pessoas de doenças através da vacinação, o Ministério da Saúde adota métodos de campanhas e rotinas de vacinação, como pode se observar na “carteira de vacinação do SUS” logo abaixo:

 Carteira de vacinação do SUS

 

Mas o que seria ofertar de maneira Universal as vacinas?

A Universalidade é um dos três princípios do SUS, como pode se ver na Lei 8.080 de 19/09/1990:

Princípios do SUS:

Universalização: a saúde é um direito de cidadania de todas as pessoas e cabe ao Estado assegurar este direito, sendo que o acesso às ações e serviços deve ser garantido a todas as pessoas, independentemente de sexo, raça, ocupação ou outras características sociais ou pessoais.

Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm necessidades distintas. Em outras palavras, equidade significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a carência é maior.

Integralidade: este princípio considera as pessoas como um todo, atendendo a todas as suas necessidades. Para isso, é importante a integração de ações, incluindo a promoção da saúde, a prevenção de doenças, o tratamento e a reabilitação. Juntamente, o princípio de integralidade pressupõe a articulação da saúde com outras políticas públicas, para assegurar uma atuação intersetorial entre as diferentes áreas que tenham repercussão na saúde e qualidade de vida dos indivíduos.

     O PIN desde sua criação em 18/09/1973, se caracterizou pela inclusão social, assiste todas as pessoas independente de classe social ou local de moradia, a Universalidade é que garante essa cobertura de vacinação.

     Para que haja então essa vacinação Universal, é necessário investimentos. Investimentos no SUS em geral, e em insumos…

Vejamos a tabela de investimentos de imunobiológicos de 1995 a 2015.

É sabido que desde o golpe da Presidenta Dilma, o golpista Temer instituiu o Teto de 

Qual parte?gastos na saúde, e o ilegítimo presidente Bolsonaro manteve e implementou mais cortes.

Já o farsante bolso-Doria, que tenta se firmar como candidato à presidência da república para 2022, fazendo de conta que é um governador científico e que teria realizado a primeira vacinação em SP, devido seu “gigantesco” esforço em prol de trazer as vacinas de covid19 para o Instituto Butantã, tentou fazer cortes importantes nas verbas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) para 2021. Tais cortes só foram derrubados no último dia do ano, devido a pressão da comunidade científica.

Quem quiser pode verificar as PLs;

https://www.al.sp.gov.br/propositura/?id=1000332222

https://www.al.sp.gov.br/propositura/?id=1000337240

     Diante do fracasso tanto do governo Bolsonaro, quanto do governo bolso-Doria de tratar da pandemia, e do atraso gigantesco em negociar a compra de vacinas e insumos para garantir a vacinação da população brasileira, estamos agora diante de uma campanha absurda de privatização das vacinas. 

Desde segunda-feira, 22/01/21, a Folha de São Paulo, jornal golpista, iniciou a campanha de privatização das vacinas, publicando matéria intitulada “Empresas privadas vão ter de contribuir com a vacinação”. Fazem um jogo de cena dizendo que o governo federal não é capaz de cuidar de nada e inserem que a esperança dos cidadãos brasileiros são as empresas privadas, que obtiveram aval do governo para comprar 33 milhões de doses de vacina. Pontuam o desemprego, a baixa renda, a dificuldade que os estudantes tem por não ter internet que preste para acompanhar aulas EAD (aulas EAD é uma vergonha),  essa miséria toda que a  Folha de são paulo golpista ajudou instituir no Brasil, quando contribuiu largamente para o golpe de 2016 e suas consequências que estão aí até hoje.  

Outra matéria, fala da reunião de 140 pessoas da indústria da construção para discutir compra de vacinas, alguns estão achando a logística e preço alto um complicador, multinacionais colocam que pode ser um resultado ruim para a imagem da empresa, em outros países que atuam, pois podem pensar que estão querendo furar a fila….será? 

De fato, o movimento de privatização do SUS é inegável, e agora a privatização das vacinas é continuidade desse movimento. Alguém acredita que as vacinas compradas por essa máfia obedecerá os princípios do SUS? já houveram indícios, e foram abertas sindicâncias devido ao sumiço de vacinas nos hospitais que receberam a vacina na semana passada. 

Esse movimento de privatização das vacinas é mais um ataque ao povo brasileiro, a classe trabalhadora que sempre fica com as migalhas, quando fica, da corja de ricos que ficaram 30% mais ricos durante a pandemia. É a estratégia higienista dos governos golpistas que pretendem se dar bem e ficar mais ricos ainda. É só prestar atenção em um dos argumentos da folha é que: é preciso vacinar as pessoas para que a economia volte a rodar. Se morrer todos os pobres quem irá trabalhar?

Em relação a furar a fila, o presidente da Cbic rebate o argumento: “pelo contrário, se as empresas comprassem, estariam diminuindo a fila, porque uma parte iria para o SUS”.  Qual parte?

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