A população mais pobre tem se tornado a principal vítima nesta pandemia do coronavírus. Já fragilizada pelas condições desumanas de moradias estabelecidas em regiões sem a estrutura de saneamento básico, de trabalho em condições insalubres, de transporte escasso e superlotado nas grandes cidades e até mesmo muitas vezes por conta de um alimentação deficiente em quantidade e qualidade a que esta população está submetida, o trabalhador pobre brasileiro ainda tem se tornado vítima de golpistas que se aproveitam desse momento delicado e desesperador pra tirar o tão escasso dinheiro da população carente .
Na Bahia, trabalhadores que estão a depender do auxílio emergencial para sobrevivência sua de seus familiares nesses tempos de crise sanitária, denunciam que se tornaram vítimas de golpistas que sacaram indevidamente o benefício pago pelo governo federal.
Populares relatam que até chegaram a receber o valor de R$ 600,00 referentes à primeira parcela do benefício, mas quando foram sacar a segunda parcela a conta estava com o saldo zerado. Em depoimento a uma TV local de salvador, uma trabalhadora disse que ao tentar sacar no banco a segunda parcela do auxílio emergencial descobriu que não havia mais saldo a sacar. Outro trabalhador relata que ficou desesperado ao descobrir que alguém já havia sacado o benefício em seu nome porque em casa não tem o que comer e depende desses 600 reais pra passar o mês, já que por conta da pandemia não tem se quer um bico pra fazer.
A suspeita é de que pessoas que não são as titulares estão, por meios fraudulentos, conseguindo sacar o benefício.
Não é de agora, nem estes são os casos mais escandalosos de utilização indevida do benefício que foi criado para atender a trabalhadores informais de baixa renda.
Tais golpes são verdadeiros roubos contra a população e várias outras formas de fraudes vêm sendo aplicadas por quem não tem direito e insiste em fazer uso do benefício. Um exemplo gritante de fraude no programa é o recebimento do auxílio por pessoas que possuem trabalho e renda formais, como os militares. Depois que a imprensa denunciou o uso indevido do programa emergencial por parte de militares, o próprio governo federal admitiu que mais de 73 mil militares da ativa, pensionistas ou da reserva receberam o benefício.
Enquanto milhares de militares receberam indevidamente o auxílio, como se fosse um extra, outros milhares que necessitam e deveriam receber o auxílio, o que seria sua única renda, relatam que não conseguem se quer ter a aprovação do seu cadastro no programa e passam por enormes dificuldades na luta pela sobrevivência.