O mercado de trabalho expressa, grosso modo, a situação dos setores oprimidos da sociedade, por ser um espelho mais ou menos fidedigno dela. No caso das mulheres, a análise de sua situação no mercado mostra claramente a sua situação de setor oprimido e inúmeras pesquisas o comprovam. Uma pesquisa recente, no campo da tecnologia, mostrou a situação da mulher neste seguimento médio do mercado de trabalho, que não foge a regra geral.
A pesquisa feita pela plataforma Relevo de recrutamento digital, que levou em consideração 212 mil candidatos e 27 mil ofertas de emprego por empresas de tecnologia que atuam no país , constatou que as mulheres têm salário 15,8% menor que os homens e são também minoria no seguimento.
Em Business Intelligence, o salário médio e R$ 5.987 para mulheres e R$ 6 444 para homens. Em Desenvolvimento, mulheres R$ 5.491 e homens R$ 6.303. No campo do Design as mulheres recebem em média R $ 4.576 e os homens R $ 5. 155. Marketing, R $ 3.881 e homens R$ 4.528 e Negócios, mulheres recebem em média R$ 6.179 e Homens R$ 6.643.
A pesquisa identificou que, de um modo geral, o salário médio das mulheres neste segmento do mercado de trabalho é de 5.255, enquanto para homens o mercado oferece R $ 6.200. Trata-se evidentemente de uma superexploração da força de trabalho feminina, não se trata de o homem ganhar mais, mas o contrário, da mulher ganhar menos, pelo fato de ser oprimida socialmente.
Os capitalistas criaram uma situação onde a mulher é obrigada a trabalhar o mesmo tanto, mas por um salário menor. Eis um dos aspectos cruciais da manutenção da opressão da mulher pela burguesia e pelo Estado Capitalista. É a superexploração de um enorme contingente da força de trabalho e ao mesmo tempo forçar a redução geral dos salários.