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Universidade Marxista

Na 3ª aula: socialismo, imperialismo e a partilha do mundo

Na continuação do tema sobre "O que foi a URSS", o companheiro Rui fez uma profunda explicação sobre o socialismo, o imperialismo, as formas do Estado e os modos de produção

Nesta terça (12), ocorreu a 3ª aula do curso “O que foi o stalinismo”. Na continuação sobre o tema de “O que foi a URSS”, o presidente nacional do Partido da Causa Operária (PCO) fez uma profunda explicação do que é o Socialismo e do que de fato ocorreu na Rússia, em termos gerais, históricos e econômicos.

O “socialismo” nos países de hoje

Ele iniciou a exposição relatando que os stalinistas, durante o começo da União Soviética, propagaram a ideia de que a Rússia estava muito próxima do Socialismo.

Tomando como base, principalmente o livro de Leon Trótski “A Revolução Traída”, presente na Enciclopédia Marxista (confira aqui), ele entrou na definição do que seria Socialismo, explicando confusões muito comuns neste debate.

Ele explicou que a comparação entre os países capitalistas e países com governos operários, tidos como socialistas, é um ponto comum de incompreensão, explorado pela direita para vincular o socialismo a uma ideia de atraso social e econômico.

Isso fez e faz com que pessoas medianamente informadas rejeitem o que seria o socialismo. No entanto, ele explicou que essa comparação não é válida, uma vez que a economia mundial segue sendo capitalista e que países com governos operários, frutos de revoluções, continuam numa dependência, maior ou menor, do mercado.

Por isso, o fato de Cuba, por exemplo, ser um governo operário, que expropriou a burguesia e distribuiu os recursos do País de forma igualitária, é apenas uma manifestação de um processo de transição em que a população se choca contra a propriedade privada da burguesia.

Ele também lembrou que Lênin e Trótski afirmavam que a URSS precisava chegar antes no patamar de riqueza e desenvolvimento econômico dos grandes países capitalistas, como os EUA, para depois ultrapassá-los e desenvolver as forças produtivas até o limite, gerando uma riqueza ainda maior do que a vista até então. Só então abriria-se caminho para o socialismo.

Por isso, URSS e Cuba, por exemplo não são países socialistas. Mas obviamente que a burguesia incentiva uma comparação para confundir a população. Tanto que a direita nunca utiliza o Haiti como exemplo de País capitalista.

Por isso, o companheiro Rui explicou o que é o socialismo do ponto de vista marxista. Começando pelo próprio Marx.

“Os países capitalistas mostram para os atrasados o caminho do seu desenvolvimento.”

Karl Marx: conheça a vida e a obra do pensador alemão - Revista Galileu |  História

E seguiu com uma profunda explicação sobre o que é o imperialismo, dado que o capitalismo atual já não é o mesmo da época de Marx.

Ele explicou a origem do imperialismo do ponto de vista histórico, a partir de 1890, bem como suas implicações para uma mudança de qualidade do regime.

Em seguida falou sobre o estado monopolista, forma própria do capitalismo e que em sua centralização para fortalecer os monopólios, acabar criando também a centralização da economia que é uma espécie de transição para a economia planificada socialista.

Ele explicou que o imperialismo tem relação direta com o controle do mercado e o modo de produção e afirmou que:

“Sem revolução mundial, é crise atrás de crise até a situação entrar em colapso.”

Ele também falou do livro de Marx sobre a Comuna de Paris, em que o pai da revolução proletária, considera a revolução de 1871 na França como “O assalto aos Céus”, dado o País não possuir as condições materiais para tal. Apesar disso, Marx foi talvez o maior apoiador da Comuna de Paris, que ganhou uma análise profunda em sua obra.

A explicação sobre o Imperialismo, a fase última do capitalismo, desdobrou-se nos dois blocos finais da aula. Um sobre as formas do Estado e outro sobre os modos de produção das sociedades.

Rui explicou que o Estado nasce como um instrumento de dominação de classe, das classes dominantes sobre as classes dominadas. Este é seu conteúdo. Neste sentido, o conteúdo do Estado Burguês é a dominação da burguesia sobre a classe operária.

Ou seja, que as várias formas de um Estado não alteram seu conteúdo. Por exemplo, a forma da democracia parlamentar é uma ditadura da burguesia contra a classe operária tanto quanto uma monarquia religiosa ou uma ditadura militar. Se é com mais ou menos violência, se é com mais ou menos direitos constitucionais, todas as formas do Estado Burguês tem como única possibilidade garantir e proteger a posição dos capitalistas como classe dominante.

O dirigente explicou que a ideia da democracia parlamentar atende justamente ao interesse da burguesia em mascarar sua dominação. Como se o Estado burguês fosse uma espécie de “anjo, sem sexo,” neutro diante da dominação de uma classe sobre outras.

Por fim, Rui situou os modos de produção ao longo da história da humanidade e explicou as relações que há entre eles. Ele disse que o Escravagismo, Feudalismo e Capitalismo representaram um progresso material diante do modo de produção da sociedade anterior. Em seguida, criaram um enorme desenvolvimento em comparação ao modelo antecessor, até que desenvolveram contradições internas, que em determinado momento passaram a ser um impeditivo a seu próprio desenvolvimento, o que resultou em sua decadência e queda, até que fosse completamente substituído por um modo de produção novo.

Ele afirmou:

“Marx explicou que um modo de produção só se estabelece quando se torna generalizado no mundo.”

E deu o exemplo de que:

“Logo, não faz sentido falar por exemplo que Cuba é socialista nos dias de hoje, em que o mundo continua sendo capitalista. Dizer isso não passa de um desejo de quem diz, mas não de uma realidade econômica estabelecida no mundo.”

 

O aspecto do desenvolvimento histórico e o progresso

Rui disse que a história não pode ser vista de um ponto de vista moral. Por exemplo, as ciências, como a literatura e a filosofia, só foram desenvolvidas como resultado da elaboração de pessoas que tinham tempo livre, o que só foi possível às custas da mão de obra escrava. Ou seja, o progresso da humanidade se deu, em todo o momento, às custas da escravização de mão de obra da classe dominada, fosse escrava, serva ou operária. No entanto, foi assim que a humanidade chegou onde chegou.

“O progresso não está relacionado com a moralidade, ele se deu sobre o sofrimento de muita gente, mas não pode ser negado.”

 

O socialismo, uma nova etapa de progresso da sociedade

Por fim, o presidente do PCO explicou que o Socialismo é o próximo modo de produção da marcha da história e que:

“Enquanto houver luta pela sobrevivência, não se pode falar em socialismo.”

Socialismo, segundo Rui, é só quando houver o suficiente para distribuir em abundância para toda a população. O que significa que precisa ser mais do que o que existe no mundo hoje, a patamares dos EUA ou superior.

 

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