A ofensiva contra os direitos das mulheres tem acontecido com violência no mundo inteiro com o avanço da extrema direita.
Na Polônia, depois da subida ao governo, a direita ultra conservadora tem enfrentado a reação popular contra sua política criminosa. Desde o fim de outubro, os poloneses, em sua grande maioria mulheres, tem realizado protestos depois que o Tribunal Constitucional, reformado pelo partido ultraconservador Lei e Justiça (PiS) no poder, aprovou a proibição da interrupção da gravidez em caso de uma malformação grave do feto, julgando que é “incompatível “com a Constituição, só sendo permitido em casos de incesto e situação de perigo para a vida da mãe.
Acrescentando a essa situação, muitos outros grupos sociais têm se somado as manifestações com outras denúncias, como por exemplo a alta dos preços dos alimentos e a política do governo para a pequeno camponês.
Na capital Varsóvia, manifestantes se dirigiram em passeata para a casa do primeiro-ministro da Polônia, Jaroslaw Kaczynski, que é considerado o responsável pela decisão de proibição de aborto junto ao tribunal. Foram impedidos pela polícia que isolou a rua onde o ministro mora e que vem sendo alvo de seguidos protestos. Durante a noite agricultores em protesto a inação do governo frente a alta dos alimentos, colocou na rua um porco morto e espalhou batatas e ovos.
A crise que tem se eclodiu na Polônia e muito parecida a outras que vem ocorrendo em várias partes do globo. Os povos de diversos países vêm sofrendo com a opressão e a miséria promovida em larga escala pelo imperialismo e sua política neoliberal, que se tornou muito evidente devido a pandemia do coronavírus. Só na Polônia, que possui 38 milhões de habitantes, mais de 22 mil perderam a vida devido a contaminação.
As mulheres têm sido atingidas em cheio em suas condições de vida, são as maiores vítimas do desemprego e precarização do trabalho. Além disso tem se confrontado com as ações fascistas que visam escravizá-las novamente ao lar, se tornando seres de segunda classe, sem mesmo ter direitos sobre seus próprios corpos.
Toda a revolta dos diversos setores, somada a luta contra a proibição do aborto das mulheres, deve se organizar para alcançar as reivindicações, porém esses não se darão de modo parcial, será necessário pedir a cabeça do governo fascista polonês, sem isso nenhuma conquista será duradoura o suficiente.