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Desigualdade de gênero

Mulheres são 65% dos demitidos durante a pandemia

Taxa de desemprego que acomete o gênero feminino é uma espécie de volta à Idade Média

O desemprego no Brasil atingiu números exorbitantes, pela primeira vez mais da metade da força de trabalho está desocupada, um resultado da política agressiva dos golpistas. Mas não é só isso, das quase um milhão de demissões, um total de 65,6% é de mulheres.

É o que aponta levantamento de dados feito pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), que ilustra a parcela da população mais vulnerável e atingida pela falta de trabalho serem a das as mulheres. Quase um milhão de perdas de postos, 588,5 eram ocupados por mulheres no início do ano, somando um total de 65,6% de demitidas.

A crise econômica sem precedentes, somada a contaminação do coronavírus fez a situação se deteriorar. Só este ano, com o isolamento social, a entrega de recursos nacionais, a destruição da indústria e a crise de pequenos negócios, 892,2 mil trabalhadores perderam o emprego entre março e setembro.

Os homens também foram atingidos pela situação, mas somam 34,4% dos demitidos esse ano, além de ocuparem a maioria dos postos de trabalho com carteira assinada.

O início do ano, nos meses de janeiro e fevereiro, quando o país ainda não havia sido atingido pela pandemia, e se apontava saldo positivo no número de criação de vagas de trabalho para homens e mulheres, o número de vagas para as mulheres era inferior à dos homens, representando 81% do resultado líquido negativo do Caged em 2020.

Não é por acaso que a situação se apresenta dessa forma para as trabalhadoras brasileiras. Desde o golpe de 2016 e ascensão da extrema direita, o retrocesso de direitos das mulheres é planejado, no intuito de promover o retorno às ideias medievais e prender as mulheres ao lar.

Os números apontam ainda que a maioria das mulheres que saem do trabalho tem dificuldades de se recolocarem, e agora com a destruição da CLT e do setor de pequenos serviços, área de maior atuação feminina o estrago será maior ainda. O principal dos problemas que se coloca são os cuidados doméstico e o reprodutivo, que recai todo nas costas das mulheres. Logo, mesmo que as mulheres consigam uma recolocação fica impossível conciliar nesse momento o trabalho doméstico com trabalho fora de casa.

Nesta situação em que foram colocados pela política de terra arrasada do neoliberalismo, as mulheres caem em um novo golpe, o do empreendedorismo, que tem sido a nova forma de iludir os trabalhadores. As mulheres criam negócios em casa e tentam dar conta das demandas da dupla jornada. O Caged apontou aumento de mais de 14% no número de abertura de MEIs, totalizando mais de 10 milhões de registros.

O golpe no Brasil conseguiu nesse novo cenário jogar as mulheres de volta para a escravização do lar, e pior ainda, desenvolvendo atividades econômicas individuais em rotinas de trabalho extenuantes. Não é difícil de prever que o adoecimento das mulheres aumentará em alta escala no Brasil se essa situação não for freada.

É preciso organizar e retomar as bandeiras históricas do movimento das trabalhadoras, não se pode aceitar a subjugação. É preciso exigir condições de vida dignas, com emprego, salário igual aos dos homens, escolas e universidades de qualidade, entre muitas outras coisas, só assim as mulheres serão emancipadas realmente. E não passando o dia trancadas, cuidando das tarefas domésticas, filhos e fazendo bicos para conseguir sustentar as suas famílias.

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