Um dado concreto em relação as mulheres é de que, elas são as que mais possuem formação no ensino superior. Esse dado se comprova desde então nas mais diversas áreas com relação ao assunto, demonstrando que as mulheres passam muito mais tempo estudando e isso está diretamente ligada a opressão das mesmas, uma vez que essa é uma das portas para dar autonomia e libertar a mulher.
A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) realizou pesquisa que, no entanto, mostra que apesar da realidade onde as mulheres obtém mais formação escolar que os homens, elas ainda tem menor participação no mercado de trabalho e também ganham menos. Com relação aos países que fazem parte da OCDE, em pesquisa anterior, do ano de 2017, 50% das mulheres possuem formação de nível superior e homens 38%.
Segundo a organização, cerca de 80% das mulheres que possuem diploma estão no mercado de trabalho, diferentemente dos 89% representados pelos homens. Além de existir a desigualdade salarial propriamente dita, são cerca de 26% a menos que as mulheres recebem nesses países.
No Brasil, a situação não é diferente, as mulheres brasileiras também lideram os índices de formação acadêmica com relação aos índices masculinos e ainda assim ganham menos. Em 2017, o percentual de pessoas com formação superior chegou 20% das mulheres e 14% dos homens. Esse dado demonstrou o aumento que ocorreu quando se relaciona com a pesquisa de 2007 onde os índices marcavam 12% para mulheres e 8% para homens.
No entanto, a situação salarial não se reverteu e as mulheres continuaram ganhando menos que os homens.
Reivindicações como a igualdade salarial, é uma pauta histórica na luta das mulheres, e portanto deve ser prontamente tratada como uma das questões centrais quando se trata da emancipação das mulheres e equiparação com seus companheiros. A luta deve ser organizada diante do movimento de mulheres munido de uma política real e concreta, que contemple as mulheres de maneira geral e as libertam da opressão do estado burguês.