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Imperialismo, conciliação

Mugabe, líder nacionalista que protegeu os privilégios dos brancos

Mugabe chegou ao poder fruto da pressão popular da luta dos negros oprimidos contra os brancos opressores, mas fez parte da saída negociada para preservação do regime anterior

No último dia 6, morreu Robert Mugabe, ex presidente do Zimbábue. Assim como Mandela, assumiu após a independência do país contra o imperialismo britânico e protegeu os interesses dos brancos. Apesar de ter assumido com um discurso autoproclamado “marxista-leninista” e de ter sido preso político, foi representante de um nacionalismo burguês que manteve intacto os privilégios dos exploradores brancos contra os negros.

A região do Zimbábue foi colonizada no final do século XIX pelos os ingleses, que tinham como objetivo de mineração. A riqueza da terra atraiu muitos europeus, resultando numa dominação branco sobre o país.

No início do séc. XX (1910) a então colônia se proclamou como Rodésia do Sul. Temendo a ameaça da maioria negra, em 1953 o Reino Unido criou a Federação da Rodésia e Niassalândia, que incluía a Rodésia do Norte (atual Zâmbia), a Rodésia do Sul (Zimbábue) e a Niassalândia (atual Malawi). Foi sob a política de divisão do país que a Ingleterra manteve seu domínio na região.

Quando a guerra civil no governo de Ian Smith se tornou insustentável, surgiu uma saída negociada para a eleição de Mugabe através do acordo de Lancaster House (1979). A ameaça de uma fuga maciça de capitais empurrou o novo regime a introduzir na Constituição um artigo protegendo a propriedade privada, incluindo a terra. Além disso, uma cláusula proibiu qualquer alteração da Lei Básica por um período de pelo menos sete anos, uma cláusula feita especialmente para o setor empresarial.

Mugabe chegou ao poder fruto da pressão popular da luta dos negros oprimidos contra os brancos opressores, notabilizou-se como um dos líderes da guerra de guerrilhas contra o governo Smith, porém fez parte da saída negociada para impedir o avanço da luta contra o imperialismo britânico e manter o regime anterior com uma aparência diferente.

Esta é a semelhança com Nelson Mandela, que também foi preso político, também era visto como um líder da luta contra o imperialismo, mas foi utilizado para uma saída negociada a preservar o regime anterior com outra roupagem.

O caso do Zimbábue traz uma noção de como atua o imperialismo na manutenção do seu domínio sobre os países atrasados. Dividindo países inteiros e destruindo suas Economias para manter o controle.

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