A Defensoria Pública de Mato Grosso conseguiu impedir o despejo de 100 famílias do acampamento Boa Esperança, que fica localizado perto da Fazenda Araúna, durante a pandemia do novo coronavírus. Ao todo, são 400 pessoas, entre as quais crianças e idosos, que formam Gleba Nhandú. A DPE-MT conseguiu comprovar que as pessoas que residem no acampamento não teriam para onde ir, nem teriam como produzir suas condições materiais de existência, caso fossem expulsas das terras que ocupam.
As 100 famílias que formam o acampamento estão em conflito desde 2005 com a família Bassan, dona da Fazenda Araúna, pela posse do pedaço de terra. A defensora pública Karol Rotini, que atua na segunda instância, afirmou que a medida de proteção foi resultado da revogação de uma liminar de reintegração de posse emitida pelo desembargador Sebastião Farias, da Primeira Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça(TJ), no último dia 27/06. Um processo que tramita na Justiça Federal no município de Sinop, desde 2009, afirma que a fazenda da família Bassan foi construída em espaço da União, ou seja, em espaço público. A propriedade tem extensão de 14.675 hectares e os fazendeiros afirmaram que construíram um patrimônio avaliado em 16 milhões de reais.
A luta pela pelo direito à terra é uma luta que há muito vem sendo travada no Brasil. Só a organização da classe trabalhadora pode resistir aos avanços destruidores do capitalismo e o movimento consciente do proletariado é a única saída para resolvermos as questões sociais que a acumulação do Capital produz. Por uma organização independente que adquira forças para lutar na condução da classe trabalhadora rumo à libertação do julgo da exploração!