A guerra sangrenta entre indígenas e latifundiários tem se intensificado cada dia mais, por conta de ataques de capangas dos grandes fazendeiros e da burguesia agrária contra indígenas. Diversas aldeias têm sofrido com ataques violentos e assassinatos. Contudo, a paciência dos indígenas tem se esgotado e eles não mais têm conseguido esperar pela justiça burguesa fazer algo a respeito. Esse foi o caso dos Tapirapé, que cansados dos ataques dos latifundiários, resolveram eles mesmo dar um jeito na situação.
Há 16 anos os Tapirapé esperam da justiça uma resolução sobre a expulsão dos latifundiários, que há anos vêm desmatando seu território, a Terra Indígena Urubu Branco, que ficar há 30km da cidade de Confresa, no Mato Grosso. Porém, a demora está fazendo com que eles tenham que resolver com as próprias mãos esse problema, afinal, esse povo não aguenta mais ver seu território sendo castigado e desmatado há anos por aqueles que não tem respeito nenhum com a terra alheia, aqueles que apoiam o governo golpista e direitista de Jair Bolsonaro.
Na tentativa de dar um basta no desmatamento que vêm ocorrendo em seu território, os Tapirapé construirão mais duas aldeias na parte norte da Terra Indígena Urubu Branco, local onde os fazendeiros abriram espaço e colocaram pistas de pouso para aviões, além de ser um local onde o pau-brasil está chegando a sua escassez. Assim, os Tapirapé pretendem fiscalizar o local eles mesmo, já que a justiça não resolve logo essa situação.
Esse povo está certíssimo em tomarem as rédeas da situação. A justiça brasileira, tomada pelos direitistas, nunca ficará do lado dos mais fracos. Sendo assim, tanto os indígenas quanto os sem-terra devem se juntar em comitês de autodefesa e se organizarem para defender seus territórios por conta própria. O governo dos golpistas não dará sossego enquanto não acabar com todo o País, enquanto privilegiam a burguesia agrária que está sempre armada e assassina os povos indígenas e os sem-terra.