Da redação – Na madrugada do último sábado (14), mais de 200 famílias do MST ocuparam a fazenda Consolação, em Crixás do Tocantins (TO), que já havia sido ocupada em 1997.
O latifúndio, há mais de 20 anos, tem dívidas com o Estado brasileiro e em 2008 o Incra o considerou como improdutivo, indicando a área para a finalidade de reforma agrária. O decreto de desapropriação foi assinado no ano seguinte pelo então presidente Lula, para que famílias sem terra pudessem se assentar.
Entretanto, o Incra não assentou nenhuma família. “Com o silêncio da burocracia estatal e a morosidade do órgão, as famílias foram obrigadas a se organizarem e ocuparem a fazenda novamente”, denuncia o MST.
A área teria sido vendida para um grande pecuarista da região, segundo fontes consultadas pelo movimento, e em agosto pistoleiros e o gerente da fazenda incendiaram um barraco onde morava uma família sem terra.
O MST precisa ampliar as ocupações de terra, porque só dessa forma os sem terra pode enfrentar a situação calamitosa à qual foram jogados e conseguir se assentar.