No último dia 25, o maior movimento pela reforma agrária do Brasil completou os seus 35 anos de idade. Estamos falando do MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra. Nesta ocasião, os dirigentes do movimento escreveram uma carta, onde além de apresentar uma análise de conjuntura brasileira e internacional, convocam a esquerda nacional a se mobilizar contra o governo Bolsonaro e em torno da luta pela liberdade de Lula, que segue preso nas masmorras de Curitiba. Em matéria publicada no portal do Brasil 247 é possível ler a carta na íntegra.
O ato foi realizado na Escola Nacional Florestan Fernandes, que é administrada pelo MST, e contou com a presença de outras lideranças da esquerda brasileira, como Orlando Silva, do PCdoB, parlamentares petistas como Rui Falcão e Nilto Tatto e também o presidente da CUT, Vagner Freitas. Devemos destacar que o MST é um dos setores que mais estão sofrendo os ataques da extrema direita. Desde o golpe dado em Dilma, que escalou com a condenação e a prisão de Lula e, recentemente com a eleição fraudulenta de Bolsonaro, temos visto massacres quase diários e assassinatos a luz do dia, tanto de militantes quanto de dirigentes do movimento.
A carta elaborada aborda alguns pontos fundamentais para a luta no próximo período. Além de destacar a importância da mobilização concreta da esquerda nas ruas, a carta aponta ainda a importância da resistência ao governo Bolsonaro, classificado como um ‘neofascista’. Também mostra alguns dos profundos ataques desferidos por este governo, que de fato possui vários aspectos fascistas. Além destes pontos, são destacados também os ataques aos setores oprimidos da população, como as mulheres, negros e os LGBTs. Mas a carta se destaca pela demonstração de apoio ao governo Maduro na Venezuela contra a ofensiva do imperialismo estrangeiro e pela declaração da importância da luta pela liberdade de Lula.
Embora a política apontada na carta comemorativa destes 35 anos de muita luta não tenha a mesma orientação defendida pelo nosso Partido, declarando-se claramente contra o armamento da população, dentre outros, não podemos deixar de destacar não só a combatividade da carta, cujos aspectos centrais foram abordados no parágrafo anterior, como também a boa hora em que foi divulgada. O povo brasileiro pôde ver mais uma vez a arbitrariedade do Estado golpista, agora sob o comando de Bolsonaro e os militares mais abertamente, com relação ao caso Lula. O ex presidente foi proibido de comparecer ao velório de seu irmão Vavá, evento este que tomou conta tanto do PIG quanto da imprensa de esquerda e das redes sociais.
Devemos apoiar o MST contra os massacres que vêm escalando e colocar na ordem do dia um forte movimento dos trabalhadores urbanos e do campo contra o governo fascista de Bolsonaro!