No último dia 26 fora realizada uma reunião do Conselho Universitário (Couni) na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), no Mato Grosso do Sul, após pressão de estudantes e professores que pediam uma posição da universidade, em que rechaçar-se o projeto “Future-se” e a privatização do ensino.
Liderado pela interventora Mirlene Damázio, escolhida a dedo, por fora das eleições, pelo Ministério da Educação, todo um aparato de repressão foi organizado para intimidar a comunidade acadêmica em que estava em protesto.
Com o desenvolvimento da situação, os guardadas postos no local foram expulsos e a interventora se recusou a participar do conselho, se trancando em sua sala e reunindo-se com representantes da direção, indo totalmente contra a participação do público acadêmico no conselho, ferindo um direito básico na democracia da instituição.
Os policiais foram novamente chamados, entrando na universidade, bloqueando todos toda a área em torno da sala da interventora. Tudo isso gerou forte represália contra o estudantes e professores presentes, que não intimidados pela ação da escolhida pelo governo do fascista Bolsonaro, resolveram iniciar e realizar todo o Couni sem a participação da interventora, escondida em sua sala com medo dos estudantes.
No Couni foi deliberado por unanimidade contra o projeto “future-se”, além de novamente deixar claro que não reconhece Mirlene como reitora da universidade.
A ação em conjunto com a polícia nada mais foi que um projeto já encaminhado pela reitora dias antes. Demonstrando que a intenção do bolsonarismo é avançar na militarização das escolas e universidades, onde neste caso de Mato Grosso do Sul, a interventora fascista utiliza-se de todo aparato de repressão contra os estudantes e professores, quebrando totalmente a independência acadêmica em relação ao estado e seus órgãos de repressão, que hoje estão cada vez mais controlando todas as instituição, consolidando a ditadura nas universidades.
O governo liderado pelo fascista Jair Bolsonaro já interveio em dezenas de universidades por todo país, anulando as eleições internas de cada instituição e barrando a voz da comunidade acadêmica na escolha de seus representantes. Esta política adotada junto ao MEC representa uma clara tentava de por efetivamente na mão dos golpistas todas as instituições brasileiras, colocando a Universidade, grande ponto de mobilização e troca de informações da sociedade, em um estado de puramente ditatorial, onde o estudante e nem o professor podem se expressar, muito menos protestar.
Se o projeto “future-se” é um passo largo para a privatização total do ensino público no país, as intervenções representam nada mais que a formação da ditadura nas universidades. Em conjunto com a ditadura geral, que censura e impede protestos, temos um fortalecimento das atividades policiais e militares, na qual invadem as instituições ameaçando a comunidade acadêmica. Como isto não bastasse, a tendência é de total militarização do ensino, um gigantes golpe na educação brasileira, e uma retomada ao período militar, a ditadura generalizada em todos os locais.
Devido a esta situação, os estudantes e professores devem avançar ainda mais na mobilização nacional contra o governo de Bolsonaro. O caminho dos atos já foi demonstrado como um importante passo na luta, agora precisamos unificar todos estes setores sob a mesma política, colocando abaixo o governo Bolsonaro, garantindo a defesa das escolas e universidades, e impedindo a ditadura que cresce em todo país após o golpe de Estado.