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Descaso do Estado

MS: indígenas tem que andar 2km para acessar água com pandemia

Coronavírus chega nas aldeias indígenas, e revela todo descaso que as autoridades públicas tem com este povo

Para se ter acesso ao elemento mais básico, para a prevenção de infecção pelo novo coronavírus – água – os moradores das aldeias indígenas da cidade de Dourados – MS – precisam viver uma verdadeira odisséia, para ter acesso a este item tão básico, mas que é tão necessário, principalmente nos tempos atuais.

Com um aumento de mais de 200% de casos de coronavírus em Dourados, e já atingindo 36 moradores das aldeias, a água para os moradores das reservas indígenas se tornou um verdadeiro artigo de luxo, deixando claro, a carência e a falta de investimento público, para a população indígena. Por falta de uma política pública que atenda a todos, mulheres e crianças chegam a caminhar quase dois quilômetros em busca da água do córrego Yju Mirim (pequena água amarela). Quem não tem carroça e nem carriola, é obrigado a carregar os galões nas costas. Um problema que já existe há anos, e os moradores estão começando a pagar o preço, pela desassistência do poder público. A realidade desses moradores chega a ser tão desumana, que tem pessoas que precisam escolher entre tomar banho e cozinhar.

Um dos moradores da aldeia, relata que ele e sua família, estão bebendo água contaminada há tanto tempo, que já perderam as contas. Revela também que a água que bebem, tem como origem, o mesmo córrego que sua mulher usa para lavar as roupas.

Além do problema de abastecimento de água, os moradores estão confinados e com limitações de atendimento dos profissionais que atuam nas aldeias, por falta de equipamento de proteção individual, e denunciam que até o presente momento, não receberam máscaras e álcool gel da Funai, nem da Sesai (Secretaria de Saúde Indígena).
Outro problema enfrentado pelas comunidades indígenas, é a questão do isolamento, uma vez que, as famílias são numerosas, e as tekonas (casas), são pequenas. O espaço abriga crianças, idosos, mulheres e homens, muitas vezes em um cômodo só, não dando a opção para o isolamento tão recomendado pelo mídia burguesa. A política de toque de recolher – já implementada na cidade – ou até mesmo o lockdown, não passa de uma farsa, para dar a impressão de que algo é feito para o povo. Esse tipo de medida, atende apenas a classe média e a burguesia.
A realidade, é que as medidas adotadas pelas autoridades, não atendem essa população, como não atende a nenhuma comunidade carente do país.

Os indígenas já sofrem com o gravíssimo problema do roubo de suas terras para grandes latifundiários e donos de garimpos, sempre foram esquecidos e descriminalizados pela burguesia branca, tem a sua cultura afrontada a todo o momento, e agora, pagam mais um preço altíssimo pela omissão de seus governantes.

O pavor toma conta da comunidade, que está totalmente desamparada e com muita dificuldade de seguir com as recomendações básicas para a prevenção do vírus. É mais um caso, onde precisa ser levantado um movimento de luta, uma vez que os existentes abandonaram os indígenas e o governo nunca amparou. É necessário a criação de conselhos populares, para obter os itens básicos, como a canalização de água, alimentação, medicamento e outras medidas necessárias para conter o avanço da contaminação pelo vírus.

Não existe outra alternativa, que não seja a mobilização do povo, de forma organizada para combater este massacre provocado pela doença e omissão do governo.

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