Os efeitos do golpe de Estado no já precário mercado de trabalho brasileiro, sobretudo, com a aprovação da “reforma” trabalhista é absolutamente nefasto. O Ministério Público do Trabalho registrou, entre 2012 e 2017, o extraordinário número de quase quatro milhões de acidentes e doença do trabalho. Chegamos a uma média de 22 acidentes de trabalho por hora. Essa situação é um dos motes para a reforma trabalhista e a tentativa de reforma previdenciária.
Desde o começo de 2017 até o presente momento pelo menos uma pessoa morreu a cada quatro horas e meia vítima de acidente de trabalho. Algo extremamente impactante e absurdo. Neste mesmo período foram registrados 675.025 comunicações por acidente de trabalho (CATs) e notificadas o tenebroso número de 2.351 mortes.
O número extraordinário de acidentes e doenças reflete diretamente as péssimas condições de trabalho a que a burguesia brasileira submete os trabalhadores. O interesse da burguesia golpista é justamente aprofundar legalmente a exploração dos trabalhadores, bem como reduzir drasticamente ou mesmo eliminar o montante de verbas do Estado, destinado aos trabalhadores, através da previdência.
A imprensa golpista, ignorando o sofrimento dos trabalhadores, afirma que a Previdência gasta 26,2 bilhões com auxílio-doença, invalidez, auxílio-acidentes e pensões. A burguesia golpista quer eliminar esse “gasto”, e o exponencial aumento que terá com o aumento da exploração dos trabalhadores garantido com a reforma trabalhista.
Também impedindo os trabalhadores de acionar a justiça, por péssimas condições de trabalho etc., devido as cláusula absoluta,entre desfavorável, garantidas pela mesma reforma.
O golpe aumentará enormemente essa situação calamitosa contra os trabalhadores, levando ao acidente a doença e a morte a ainda mais trabalhadores.