Da redação – O Ministério Público de Rio de Janeiro (MP-RJ) se declarou a favor da concessão do foro especial para o senador do PSL Flávio Bolsonaro, filho mais velho do atual presidente, no caso Queiroz, em que ele é investigado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Os crimes estão ligados ao gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (ALERJ), onde ocupou o cargo de deputado estadual de 2003 à 2018.
A defesa do senador havia pedido para que o caso saísse da 1ª instância e ficasse sob responsabilidade do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio, onde há um colegiado composto por 25 magistrados.
Além disso, a procuradora Soraya Taveira Gaya se revelou a favor da transferência no dia 12 de agosto. Defendendo a concessão do foro especial, declarou que não lhe parece ser a melhor postura julgar Flávio “de forma unilateral e isolada, quando o mesmo tem uma função relevante e que a todos interessa”.
Segundo ela, seria mais “democrático e transparente” o julgamento pelo Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio. Mas na verdade, fica claro com as declarações que o regime político está procurando blindar Flávio Bolsonaro das acusações.
Porém, como tudo na política burguesa é uma caixa preta, uma eventual crise poderia levar ao desenvolvimento do processo, que deverá ser uma carta na manga da burguesia contra Bolsonaro.