Em uma tentativa de tornar o ensino militar mais confortável, o Ministério Público determinou, na última sexta-feira, que escolas públicas militares não devem interferir no corte de cabelo, cor de unha e maquiagem de estudantes. Vale ressaltar que tais políticas que ainda vigoram são fruto do regime de estado de exceção vivido em nosso país no período da ditadura militar que, além desses detalhes, impediam a manifestação política dos estudantes.
No cenário atual diversas autoridades já têm se manifestado favorável à militarização do ensino, inclusive, de forma equivocada, o presidente se manifestou afirmando que investir em educação é investir na “autoridade do professor”. Para tornar as políticas mais discretas para a população, o imperialismo se traveste por um discurso democrático para impor suas práticas repressoras nos mais diversos ambientes, e este se mostra mais um exemplo de como por este tipo de prática em curso.
Temendo a mobilização da juventude, diversos ataques vêm sendo desferidos a um dos maiores teóricos brasileiro na área da Educação, Paulo Freire. Propondo uma educação libertadora que permita uma reflexão crítica em seu ambiente e denunciando diversas práticas do imperialismo, em particular na Educação, o educador, apesar de seu notório reconhecimento internacional e no ambiente acadêmico, vem sendo alvo de críticas por este governo fascista, que já mostrou dificuldade em descrever porcentagem pelo próprio ministro da Educação.
A defesa da Educação por parte da população jamais de dará por meio de medidas que a ataca a si mesma, em um discurso de segurança no ambiente escolar. Inclusão social não ocorre negando que em nosso país não exista fome, mas sim garantindo condições dignas de trabalho para que possa reverberar na segurança familiar de nossa juventude.