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Ataques da direita não param

R$5,00 não! Sair às ruas contra o aumento da tarifa em SP

Direita prepara aumento da tarifa em São Paulo enquanto a esquerda tira férias da luta

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Enquanto a esquerda dorme, a burguesia segue atacando as condições de vida da população. Encarecer o valor do transporte público retira uma parcela ainda maior dos já insuficientes salários e restringe as opções de lazer para a maioria. É preciso reagir sem demora para impedir o aumento da tarifa em São Paulo.

13 a 16% de aumento

Em reunião na última quarta-feira do Conselho Municipal de Trânsito e Transportes foi prenunciado o novo ataque à população da capital paulista. O aumento sugerido pela Secretaria Municipal de Transporte e Mobilidade Urbana e técnicos da SPTrans pode variar entre 60 e 70 centavos, elevando a tarifa entre R$5,00 e R$5,10.

A proposta representa um aumento entre 13 e 16% em relação ao já abusivo valor atual de R$4,40. Como de praxe, os representantes da política da direita apresentam apenas os dados que interessam para justificar mais uma mordida no orçamento das famílias dos trabalhadores. Tomando como referência o IPCA dos últimos 24 meses, que indica uma inflação de 15,51%, o diretor de gestão da SPTrans, George Gidali, e o secretário municipal de Transporte e Mobilidade Urbana, Levi dos Santos Oliveira, tentam tratar do novo aumento como algo inevitável.

Cinicamente, destacaram que não ocorreu aumento em 2021, como se tivessem feito algum favor em meio às graves crises sanitária e econômica. No entanto, omitiram o fato de que na ocasião tentaram revogar a gratuidade da passagem para idosos entre 60 e 64 anos. Fazem questão ainda de apresentar os custos com os subsídios pagos às empresas que exploram o setor como se não fosse obrigação do Estado investir seu orçamento no serviço. O correto seria não somente bancar integralmente o transporte público, como também administrá-lo em benefício da população que depende do serviço para trabalhar, estudar e procurar lazer na cidade mais rica do país.

A política da direita “civilizada”

Enquanto Bolsonaro late, a direita mais tradicional age. A farsa da “oposição de direita” ao ilegítimo presidente vem a tona quase que diariamente, pois não existe nenhuma contradição programática fundamental, apenas uma disputa econômica entre setores da burguesia.

Ao invés de vociferar contra o direito de “ir e vir” da população ou debochar abertamente da falta de subsídios estatais para garantir a gratuidade dos transportes públicos como poderia fazer um político da extrema-direita, esses setores mostram cálculos e planilhas de gastos para justificar que o povo deve apertar ainda mais o orçamento familiar para bancar a farra dos empresários.

No fundamental, sua atuação é até mais nociva do que a dos bolsonaristas, pois avançam nos ataques à população sofrendo menos resistência. Vale lembrar que há muito pouco tempo, setores da esquerda defenderam a integração da direita nos atos Fora Bolsonaro convocados pela esquerda. Deram chilique e atacaram o PCO por não aceitar uma união com aqueles que colocaram Bolsonaro na presidência e que apoiam integralmente os ataques do governo federal aos direitos dos trabalhadores.

Não dá pra esperar até março

O recesso proposto pela esquerda pequeno-burguesa e craqueira eleitoral não pode ser tolerado diante da grave crise social que atinge o povo. Enquanto os “bem pensantes” saem de férias, o trabalhador segue comendo o pão que o diabo amassou e fica à mercê da direita golpista. Enquanto o prefeito Ricardo Nunes (MDB) se prepara para anunciar o aumento, essa esquerda já abandonou as ruas há algumas semanas e promete voltar apenas para o vale tudo eleitoral em busca de cargos e verbas parlamentares.

É dever daqueles que lutam em defesa dos direitos democráticos da população se mobilizar contra mais esse abuso. É preciso convocar a juventude proletária para a luta contra o cartel dos transportes públicos, que explora o povo para garantir o lucro dos empresários parasitas. E já, pois a direita não vai esperar até março para desfalcar ainda mais os trabalhadores.

Como anunciado no primeiro ato convocado em torno das palavras de ordem “Fora Bolsonaro” e “Lula Presidente” em 12/12, o PCO, os Comitês de Luta e outros setores da militância mais ativa da esquerda não sairão das ruas nos próximos meses. Para combater o aumento abusivo da tarifa vamos atuar já no começo de 2022, impulsionando mobilizações para confrontar a política antipovo da direita que se diz civilizada.

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