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Movimento nas Escolas

Afeganistão? Não: escolas brasileiras separam meninos de meninas

Segregação na escolas indica o avanço do autoritarismo no Brasil

Não, não se trata do Talibã; não é no Afeganistão e tampouco em um país muçulmano, alvos preferenciais da esquerda bem-pensante. É bem aqui mesmo, no Brasil. Também não se trata de uma cidade pequena, mas da Capital, Brasília. É lá que duas escolas públicas resolveram separar crianças de acordo com o sexo. Como se não bastasse, as escolas estão localizadas no Lago Norte, região nobre do Distrito Federal. São elas, o Centro de Ensino do Lago Norte (CELAN) e Centro Educacional do Lago Norte (CEDLAN).

Segundo a Secretaria de Educação, as unidades da rede pública podem tomar esse tipo de decisão, pois se trata de um modelo de gestão democrática. Como podemos ver, é bastante “democrático” separar as crianças por gênero.

Na verdade, o que estamos presenciando é a ditadura avançando no País, e isso se dá em todos os níveis. Seja no STF; na repressão do governo; nas ameaças de golpe militar; na censura de setores da esquerda à liberdade de expressão etc.

Cabe à esquerda combater o autoritarismo, no entanto a esquerda também está enveredando pela mesma seara. Aplaude prisões arbitrárias; pede prisão para quem fale determinadas coisas; promove incêndio de estátuas de personagens históricas; censura trechos de livros; exige fechamentos de contas nas redes sociais. Estamos regredindo a períodos anteriores à Revolução Francesa.

Somos todos…”

Chama a atenção o silêncio da grande mídia, que adora tratar os muçulmanos como violadores dos direitos das mulheres e dos homossexuais. Os grandes meios de comunicação não perdem uma única oportunidade de atacar o Talibã; mas, ao mesmo tempo, varre para baixo do tapete o que se passa na Arábia Saudita. Talvez isso deva ao fato de aquela monarquia absolutista ser aliada dos EUA. Quem sabe?

Estamos aguardando a revolta dos grupos identitários. Aguardando em vão, a revolta da esquerda pequeno-burguesa é pautada pela imprensa oficial. Quando ocorre um atentado na Europa e morrem seis pessoas, por exemplo, há uma grande comoção, chovem manifestações nas redes sociais. Os jornais tratam do assunto noite e dia. Do nada brotam campanhas do tipo “Somos todos isso”, “Somos todos aquilo”. Agora, se afunda um barco apinhado de refugiados, ao que pouco se noticia, a campanha se torna um “Somos todos indiferentes”.

Manipulação

O que a esquerda não percebe é que está sendo trabalhada para fazer exatamente aquilo que a burguesia quer. A direita promove o identitarismo, apoia suas pautas”, mas isso tem uma finalidade. O que foi que vimos nas eleições dos EUA? A esquerda apoiou o candidato preferencial do imperialismo contra o “grande mal”.

No Brasil, estamos assistindo ao mesmo processo. O governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro, em conflito com setores importantes do grande capital, é pintado como o demônio. Recentemente, ‘vazaram’ trechos de seu WhatsApp, e o grande destaque foi dado na mídia sobre as “piadas homofóbicas”. Por um desses grandes ‘acasos’ do destino, um dos presidenciáveis da Terceira Via se havia declarado (oportunamente) gay. De repente, todos os golpistas que até agora votam nos projetos de Bolsonaro, se vestem de identitários e se pintam como sendo ‘alternativa’ ao fascismo.

Boa parte da esquerda tem deixado de lado pautas essenciais, como lutar pela liberdade, pela autodeterminação dos povos. Em vez disso, cai em críticas moralistas e acabam ficando do lado do imperialismo contra países pobres que estão sendo arrasados por guerras infindáveis. A esquerda precisa retomar seu papel histórico de defesa da dignidade humana e para isso precisa abrir os olhos.

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