O movimento Estudantes pela Liberdade (Estudents For Liberty -EFL) anunciou que está em processo de recrutamento de jovens em Alagoas. Segundo o sítio da entidade sediada em Arlington (Virgínia/EUA), o objetivo é angariar estudantes de graduação e pós-graduação e formá-los na perspectiva de defender as “ideias de liberdade”, na filosofia do liberalismo clássico, com a promoção de eventos, cursos, encontros e formação de núcleos.
O EFL se afirma como uma organização apartidária e quer alcançar os estudantes que não se sentem representados pelo movimento estudantil nas universidades. De acordo com dados divulgados em seu sítio, o movimento já elegeu 7 membros para cargos políticos, 45 ONGs já foram criadas por seus alunos e conta com 332 lideranças treinadas em todo o país.
A organização do movimento é definida como uma rede de estudantes pró-liberdade, sem uma estrutura hierárquica definida. O EFL englobaria um amplo leque de grupos, como filiados do Jovens Americanos pela Liberdade (Young Americans for Liberty), a EFL do Brasil, coletivos de faculdades, clubes de debates e grupos de estudo da Escola Austríaca de Economia, a escola de economia do neoliberalismo fundada por Friedrich Hayek. Os princípios que o EFL diz defender são três: liberdade econômica, liberdade individual e liberdade acadêmica.
O Estudantes pela Liberdade é uma organização financiada e estruturada para a infiltração estrangeira no movimento estudantil brasileiro. Trata-se de uma maneira de o imperialismo, sobretudo o americano, estender seus tentáculos à juventude estudantil e conquistar terreno para as ideias do neoliberalismo no interior das universidades.
Este movimento apresenta diversas semelhanças com o Movimento Brasil Livre (MBL), que também é financiado pelo imperialismo americano e busca se organizar no interior das universidades para difundir um programa neoliberal para o país. Todos estes movimentos criados pela direita se declaram “apartidários”, mas tem inúmeros vínculos com partidos burgueses e organizações internacionais. Os membros do MBL, que se declaravam como apartidários, se alçaram a cargos políticos pelos partidos Democratas (DEM) e Partido Social Liberal (PSL).
O movimento estudantil não deve permitir a infiltração desses grupos financiados pelo imperialismo nas universidades. É preciso mobilizar os estudantes e expulsá-los, uma vez que defendem a privatização do ensino público, a submissão do país aos interesses dos Estados Unidos, a presença da Polícia Militar nos campus, a intimidação e perseguição de professores e estudantes de esquerda, o banimento das organizações estudantis e os partidos de esquerda e a cassação dos direitos democráticos de liberdade de expressão e manifestação.