O caráter cada vez mais ditatorial do regime político nacional fica cada vez mais explícito. Um exemplo desse fato foi o que aconteceu com dois estudantes da Universidade de Campinas, a Unicamp, que estavam panfletando o material de campanha de Fernando Haddad em frente ao terminal de ônibus da cidade na manhã da última terça-feira, dia 16 de outubro. Enquanto distribuíam o material de campanha, um guarda municipal se aproximou dos jovens e disse que eles não poderiam panfletar no local. Os jovens alegaram então que estavam dentro da legislação eleitoral e que poderiam desempenhar a atividade, o guarda então apreendeu os panfletos dos estudantes, mais de mil, e acionou a Polícia Federal.
Após dar voz de prisão aos estudantes e ser questionado do caráter autoritário de sua atitude, o guarda respondeu que “a ditadura militar voltou, graças a deus”. Os jovens foram então levados ao departamento de polícia da cidade, na sede da Polícia Federal e tiveram que prestar depoimento.
O caso e só mais um dentre os inúmeros exemplos de perseguições contra a esquerda que vêm ocorrendo durante a campanha eleitoral. Os golpistas agiram e agem abertamente para fraudar as eleições em prol de seus próprios interesses, elegendo um candidato conveniente ao golpe de estado. Para tanto, impõem uma campanha de intimidação, repressão e violência contra a militância de esquerda e o próprio povo. E necessário denunciar essas perseguições e organizar a luta da população e dos trabalhadores contra o golpe de estado. Para tanto, é necessário organizar os comitês de luta contra o golpe e chamar o povo a lutar nas ruas contra os golpistas.