O Vice-presidente Hamilton Mourão, em suas declarações bombásticas, mostra sempre quem de fato ele é, e quais são suas artimanhas autoritárias. As últimas declarações foram apresentadas na EXPOINTER do Rio Grande Sul, domingo passado (04). Neste estado ele teve notoriedade militar, no comando do 27° Grupo de Artilharia de Campanha em Ijuí e na 6ª Divisão de Exército, em Porto Alegre. A visita não foi gratuita, uma vez que ele é uma pessoa conhecida no estado e tem notável aproximação com os senhores do agronegócio conforme ele mesmo destacou.
“Nosso agronegócio é protetor do meio ambiente, com exceções. Toda regra tem exceção. A imensa maioria bota aí 95% dos nossos proprietários rurais, eles cuidam muito bem da sua terra e são os grandes protetores, os grande cuidadores do grande patrimônio que nós temos que é o nosso território”, disse Mourão, em um exercício absurdo de cinismo.
A fala mostra o nível de compromisso que uma autoridade brasileira tem, sem respeito à isenção que lhe é atribuída no cargo de Vice-Presidente, com os criminosos do agronegócio. Um amazonense que se identifica como indígena e contraditoriamente defende a bandeira do agronegócio não é digno de ser levado a sério. Entretanto, o que está por traz de suas andanças? O apoio político do agronegócio que é extremamente nocivo ao meio ambiente não é coisa boa. Mourão é muito confuso nas suas declarações, mas não podemos desconsiderar os seus estímulos autoritários de ditador.
“Compete ao governo, em todos os níveis, impedir que aqueles que não obedecem as nossas legislações, em particular o Código Florestal, sejam punidos de acordo com a lei”, disse Mourão, o que não passa de uma mera declaração.
Mourão é um sujeito dissimulado que fala em punir quem não cumpre a legislação do Código Florestal, se faz de esquecido que o governo fraudulento de Bolsonaro deu carta branca ao agronegócio, permitindo o aumento das queimadas na Amazônia em mais de 100%, não é um sujeito para ser levado a sério.