Algumas pessoas se enganam imaginando que o vice-presidente ilegítimo, o general Hamilton Mourão, é diferente de Bolsonaro. Em alguns sentidos, ele é. Mourão é general e estava, até recentemente, no comando do Exército na Região Sul, e integrava a área de inteligência das Forças Armadas. Bolsonaro foi expulso do Exército onde era paraquedista ruim (existem relatos de alguns saltos dele em que ele se quebrou feio ao trombar em construções, na descida, por imperícia em manusear os cordames no vento), mas não foi expulso por isso, mas, depois de quase ser levado à corte marcial, por terrorismo: foram descobertos seus planos de instalar bombas nos quartéis e outros alvos de infra estrutura do Rio de Janeiro, como forma de motim por melhores condições de trabalho e soldo para seus colegas do baixo oficialato. Mourão consegue falar de improviso por bastante tempo, sem precisar ler balbuciante no teleprompter ou na palma da mão.
É isso. Acabaram aí as diferenças. Mourão tem só esse verniz a mais.
No íntimo, é a mesma coisa. No que interessa aos brasileiros, o patrimônio histórico dos brasileiros, a defesa dos interesses nacionais, os direitos trabalhistas conquistados há 7 décadas, eles são iguaizinhos. Os trabalhadores do Brasil que se lasquem. Mourão é só mais contido, não tem o espalhafato de bater continência para a bandeira dos Estados Unidos em público, bem entendido, mas faz tempo que defende privatizar todas as estatais e não ter medo de vender a Amazônia a estrangeiros ou terras brasileiras situadas próximas às fronteiras. Em um vídeo, em que ele faz uma palestra em 2017, quando ainda não era sequer integrante da chapa golpista, ele deslumbra a platéia ao escancarar suas convicções de como á atrasado, segundo ele, ter escrúpulos e patriotismo, pois o moderno é liberar geral. Defender a soberania nacional é um conceito antiquado para o general.
Não estamos inventando.
Assista: