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Maringá e Teresina

Motoristas de ônibus iniciam greves de Norte a Sul do País

Os motoristas no transporte coletivo das cidades de Teresina e Maringá mostram o caminho a seguir na luta contra os capitalistas sanguessugas com greves combativas

Os ataques patronais contra os trabalhadores do transporte rodoviário continuam a todo vapor, se utilizando da desculpa da transmissão do Covid 19, motoristas de várias partes do país tem entrado em greve contra o corte de salários de maneira total ou parcial. Os patrões se utilizam de enorme demagogia para justificar o ataque aos salários e direitos dos trabalhadores. No entanto, em todas as cidades do país a superlotação dos ônibus não cessou durante toda a pandemia, ao mesmo tempo em que os motoristas são uma das categorias mais atingidas pelo coronavírus devido à exposição ao vírus com os transportes lotados. Tal situação é resultado da política genocida dos prefeitos e governadores “científicos”, que mantiveram frotas reduzidas e assim, obrigando a população a se aglomerar diariamente nos transportes coletivos.

Nesta semana os motoristas de Maringá, importante cidade paranaense anunciaram paralisação do transporte metropolitano, a categoria entrou em greve contra salários não pagos e anunciaram paralisação nesta segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021. A empresa que deixou de pagar 50% dos salários e ainda disse que só o fará parcelando o restante

A paralisação deixou o Terminal urbano da cidade totalmente vazio na manhã nesta manhã. Nenhum ônibus foi visto circulando, mostrando a decisão e a combatividade da categoria que incluem os motoristas da empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) e da Cidade Verde que cruzaram os braços por não receberem os salários integrais.

Chama a atenção a mobilização independente dos motoristas em relação ao sindicato em vídeo publicado nas redes sociais, motoristas que dizem representar seus colegas da empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC) e da empresa de transporte metropolitano Cidade Verde anunciaram para a população que os ônibus não sairiam das garagens, ao mesmo tempo em que afirmaram que a greve ocorreu de maneira independente do sindicato. Num repúdio prático contra a paralisia do sindicato.

Nesta categoria chama a atenção também a perseguição da justiça e da polícia ao sindicato da categoria. No último dia 11 de dezembro a sede do Sindicato dos Motoristas Rodoviários de Maringá (Sinttromar) foi invadida pela Polícia Civil de Sarandi com ação de busca e apreensão de maneira violenta e truculenta, tais fatos mostram a ditadura e o fascismo se impondo e invadindo as sedes das organizações de trabalhadores. A ação da polícia é em razão de acusarem o sindicato de colocação de fogo na garagem de ônibus da empresa Cidade Verde durante outra mobilização da categoria. Essas ações no entanto, tem forte viés patronal para buscar silenciar as organizações de trabalhadores.

Outra categoria que retomou a luta foram os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina, no Piauí, que iniciaram uma nova greve por tempo indeterminado, na manhã desta segunda-feira (8), também em protesto pelo roubo de seus pagamentos do salário referente a janeiro e a renovação da convenção coletiva de trabalho pelas empresas de ônibus. A luta desta categoria mostra a luta tenaz dos companheiros que em menos de 40 dias no ano de 2021 já estão na sexta paralisação do transporte público na capital piauiense.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviário do Piauí (Sintetro), Ajuri Dias, a categoria está negociando a convenção coletiva e o sindicato patronal, o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) não quer pagar com o reajuste de 2020, sendo que os patrões receberam o aumento da tarifa ano passado, além disso, cortaram o pagamento do tickets de alimentação.

Os abusos patronais são inúmeros em razão disso, as manifestações anteriores se deram em luta contra os ataques a seguir: atraso no reajuste salarial de 2019, trabalhadores denunciaram estar recebendo abaixo do salário mínimo e sem pagamento do “ticket”-alimentação e plano de saúde, demissão injusta de um trabalhador, em outro ataque 18 trabalhadores que estão afastados (comorbidades) e teriam direito a 30% do salário estariam há três meses sem receber, não pagamento das férias de vários trabalhadores. Com as lutas anteriores foram conquistados a readmissão do trabalhador, pagamento dos reajustes de 2019 entre outros, mostrando que o caminho é a luta.

Assim como os demais sindicatos patronais do país que se sentem à vontade com a política fascista dos governos, da justiça e até da repressão, o sindicato patronal, o Setut informou a impossibilidade de fechamento de acordo da convenção coletiva, devido aos problemas financeiros enfrentados pela empresa. Além disso, o sindicato patronal, usa isso como instrumento de barganha para cobrar supostos repasses da prefeitura de Teresina às empresas.

Comprovando a política genocida dos capitalistas e dos governos golpistas, antes da pandemia, Teresina contava com 400 veículos operando no transporte público e cerca de 200 mil usuários. Atualmente, 220 ônibus estão atendendo à mesma população. O Sintetro comunicou que a categoria está respeitando a Lei de Greve, que determina a circulação de 30% da frota.

Os trabalhadores de Maringá e de Teresina estão a mostrar o caminho para os trabalhadores rodoviários de todo país com as greves combativas contra as péssimas condições de trabalho, pelo aumento da frota, pela estatização, pelo fim da dupla função, pelo aumento salarial, contra as demissões.

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