Vans escolares, motoristas de táxi e de aplicativos, motoqueiros, donos de transportadoras, cada vez mais pessoas estão aderindo aos protestos dos caminhoneiros contra o aumento do preço dos combustíveis, ocorrido em função da política de reajuste de preços levada a cabo por Pedro Parente na gestão da Petrobrás.
Com esta política, o valor dos combustíveis passou a se sujeitar às variações cambiais e de cotação de petróleo no mercado exterior.
Os protestos estão se espalhando rapidamente pelo país, e já foram confirmadas adesões na capital paulista, na baixada fluminense e no Distrito Federal, envolvendo atos ao redor de aeroportos, boqueio de rodovias, queima de pneus, tudo com vistas a impedir o abastecimento de postos e o tráfego de caminhoneiros e de transportes coletivos e assim promover uma comoção generalizada.
No Amapá, por exemplo, existem registros de filas de automóveis que se formam em torno de postos de combustíveis, devido ao receio por parte dos motoristas de uma possível falta de abastecimento e de outros aumentos no preço.
Desde terça-feira (22), o governo vem se comprometendo a reduzir o preço dos combustíveis com a retirada de alguns impostos incidentes, mas, em compensação, anunciou a implantação de outros tributos, diretamente relacionados aos setores produtivos, como a contribuição sobre a folha de pagamentos, o que não foi aceito pelos motoristas, vez que não traz nenhuma solução real para o problema.
Sindicatos já informaram que a situação está fora de controle, e disseram que o movimento conta com a iniciativa dos próprios profissionais.