No dia 6 de Outubro, três policiais da Força Tática do 23 Batalhão da Polícia Militar de São Paulo assassinaram quatro adolescentes, dois de 16 anos e dois de 17, no Jaguaré, zona Oeste de São Paulo. O Sargento, o Cabo e o Soldado alegaram que havia ocorrido uma troca de tiros com os adolescentes que fugiam em um carro roubado.
Contudo, a ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo, após análise de Laudos Periciais e das armas do crime, afirmou que há “fortes indícios” de que os adolescestes foram executados sem oferecer reação. O documento da ouvidoria cita os laudos balísticos que comprovam que os tiros foram efetuados de cima para baixo, que atingiram inclusive antebraço, região lombar e glúteos das vítimas, o que seria impossível em uma troca de tiros. O documento, enviado a Corregedoria da Polícia Militar nesta segunda feira, 5 absolutamente em contradição com as elevações dos assassinos e de acordo com o depoimento de testemunhas.
Duas testemunhas informaram que os relatos do bairro dão conta de que os jovens se renderam e foram executados e depois simulado troca de tiros. Uma terceira testemunha, sobrevivente da bárbaro e policial, contou que o grupo buscou-a na Estação Presidente Altino da CPTM e que dirigirão-se, em um carro roubado, a uma choperia em Osasco. A jovem contou que não viu armamento com nenhum dos adolescentes.
No trajeto, ao depararem-se com o assassinos, por medo, empreenderam fuga até a favela do Areia, no Jaguaré. Em determinado momento o carro parou, todos desceram e deitaram no chão para se render, A sobrevivente afirma que nesse momento ouviu os disparos e os gemidos de dor. Ela sobreviveu por fingir-se de morta em baixo de um dos adolescentes. Só depois da execução os policiais encenaram a troca de tiros.
O ouvidor afirmou que: “os laudos periciais conversam mais com a versão apresentada pela testemunha do que com o relatório feito pelos policiais”.
Fica absolutamente evidente que os jovens foram executados sem reação e sem a menor chance de defesa. Esse, porém, não é, em hipótese alguma, uma ação isolada. Trata-se do modus operandi da Polícia Militar, que é um órgão de assassinos do povo pobre e negro. Uma instituição de extermínio da população.
Essa instituição instituição assassinos, torturadores, criminosos da pior espécie deve ser dissolvida, abolida, extinta para o benefício do povo brasileiros e de seus direitos democráticos.