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Morte de Morsi: consequência da ditadura instaurada no Egito após o golpe militar

Morreu na última segunda-feira (17) o ex-presidente do Egito, Mohamed Morsi, após desmaiar em uma sessão no tribunal em que estava sendo julgado por supostos crimes de repressão enquanto era dirigente do país. Ele foi levado ao hospital mas não resistiu.

Sua morte nessas condições levantou suspeitas até mesmo entre os círculos de direita internacionais.

Morsi foi o primeiro presidente após a queda da ditadura de Hosni Mubarak pela chamada “Primavera Árabe”, em 2011. Eleito em eleições consideradas “livres” pela comunidade internacional, ele era o líder do maior partido do Egito, o Partido da Liberdade e da Justiça. Sua base de apoio era uma base popular e ele recebia suporte da Irmandade Muçulmana, a maior entidade política e social do país e com ramificações por praticamente todas as nações do Oriente Médio.

Em 2013, o imperialismo promoveu um golpe de Estado para derrubar Morsi. O golpe foi dado pelos militares que prenderam o então presidente em 4 de julho. Em seguida, inúmeros membros da Irmandade Muçulmana também foram presos e a organização foi colocada na clandestinidade.

O Egito voltou a ser uma ditadura militar, sob a liderança de Abdel Fattah al-Sisi (ex-ministro da Defesa de Morsi). O ex-presidente foi julgado em vários processos, dentre os quais o que foi acusado de espionagem a favor do Irã e do Hamas, a maioria com muitos indícios de fraude. Chegou a ser condenado à morte mas essa condenação foi anulada e em 2015 recebeu 20 anos de prisão. No total, sua pena chegou a 45 anos anos de prisão. Ele tinha 67 anos quando faleceu.

Houve diversas denúncias de maus-tratos que ele teria sofrido na prisão. Deputados britânicos visitaram a prisão onde Morsi estava isolado em 2018 e constaram que ele passava 23 horas por dia na solitária, que suas condições eram iguais às de tortura e que isso poderia levá-lo à morte. Ainda segundo essas denúncias, ele não recebia tratamento médico, embora fosse diabético e tivesse problemas no fígado e nos rins.

Chama a atenção o apoio de uma parcela da esquerda, dentre ela a brasileira, ao golpe militar que derrubou Morsi e instaurou uma ditadura no Egito. Em 2013, o PSTU e setores do PSOL chegaram a afirmar, influenciados pela propaganda da imprensa imperialista, que o que ocorria no país árabe era uma revolução. A BBC, órgão central de informação do imperialismo mundial, falsificou totalmente a realidade ao ponto de “noticiar” a presença de 17 milhões de manifestantes em um único ato no Cairo durante o golpe. Obviamente, não havia milhões de manifestantes defendendo um golpe militar imperialista.

Essa é a mesma esquerda que apoiou a “revolução” na Ucrânia, que levou a extrema-direita ao poder, totalmente financiada pelo imperialismo. Grupos fascistas também estão hoje nos principais órgãos do Estado ucraniano, que se transformou em um protetorado dos EUA e da União Europeia.

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