Rieli Franciscato,56 anos era coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental Uru-Eu-Wau-Wau, que pertence à Fundação Nacional do Índio (FUNAI) foi atingido por uma flecha no peito atirada por um Indígena de um grupo isolados.
Povos não contactados, também chamados povos isolados ou tribos perdidas, são comunidades que, por decisão própria ou por determinadas circunstâncias, vivem em isolamento total ou sem contato significativo com a sociedade em geral. Poucos povos têm permanecido totalmente sem contato com a civilização dominante.
Os indígenas isolados que vivem no território Uru-Eu-Wau-Wau em Rondônia têm a migração como forma de sobrevivência. São caçadores e coletores que circulam no interior de seu território atrás de alimentos pois não cultivam então precisam migrar de uma região para a outra coletando alimentos, como: castanha, mel, açaí” onde a caça e mais abundante.
A circulação dos indígenas está diretamente ligada às invasões de território, principalmente na região de Buritis, Parecis e Campo Novo: “Estão vindo para a borda em busca de alimentos. As invasões a terras indígenas intensificaram no último período principalmente pelos latifundiários, madeireiros e garimpeiros da região.
O clima é tenso e torna os indígenas mais violentos por uma necessidade de sobrevivência, diante das circunstâncias o grupo de indígenas isolados não sabem identificar quem é amigo ou inimigo. Por isso a flecha atirada em Rieli Franciscato, que era um homem que lutava pelas causas indígenas.
O clima tenso causado pelo poder dos latifundiários e seus asseclas (madeireiros, garimpeiros e os grileiros) que sempre, assassinaram e assediam os índios com o objetivo de ocupar as terras indígenas são os verdadeiros culpados pelo incidente lamentável e fatal entre os indígenas e o funcionário da Funai, Franciscato.
Essa situação de conflito escalou de forma inédita com o governo de Jair Bolsonaro, que é o governo dos latifundiários, inimigos maiores dos indígenas, dos ambientalistas e dos camponeses – que lutam pela preservação e por um pedaço de terra para sobreviver.
Foi essa carta branca do governo golpista que abriu espaço para essa ofensiva constante e iminente à floresta, aos animais, aos indígenas e aos camponeses. A luta dos indígenas do camponeses e dos trabalhadores da cidade, portanto, passa necessariamente pela derrubada do governo de Jair Bolsonaro e de todos os golpistas.