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Morsi e Lula: dois presos políticos após um golpe promovido pelo imperialismo

A morte do ex-presidente do Egito, Mohamed Morsi, na última segunda-feira (17), serviu para escancarar a ditadura que vive o país árabe há seis anos.

Morsi sofreu um desmaio enquanto participava de uma audiência em um tribunal que o julgava e foi levado a um hospital mas não resistiu. Tinha 67 anos de idade.

Ele enfrentava condições subumanas nas prisões egípcias. Segundo um grupo de parlamentares ingleses que o visitou em 2018, suas condições eram iguais à de tortura. Ele ficava 23 horas por dia em solitária e sofria de diabetes e problemas nos rins e no fígado, não sendo atendido pelas autoridades médicas da prisão.

Morsi foi o primeiro presidente eleito conforme as regras da democracia burguesa na história do Egito. Após a chamada “Primavera Árabe” que derrubou o fantoche do imperialismo, o ditador Osni Mubarak, foi Morsi quem assumiu, sendo ele líder do maior partido politico do país – o Partido da Liberdade e da Justiça – e integrante da Irmandade Muçulmana, maior organização de massas do Egito e espalhada pela maioria dos países da região.

Era um presidente que representava os interesses da burguesia nacional (que, como toda burguesia dos países atrasados, não consegue ser independente do imperialismo). Adotou um governo reformista. No entanto, foi derrubado e preso pelo golpe militar promovido pelo imperialismo em 2013. Ficou seis anos na prisão até sua morte, tendo contra ele uma série de julgamentos, totalizando uma condenação de 45 anos.

O caso de Morsi é um tanto semelhante ao que ocorre com o ex-presidente Lula no Brasil. Aqui, também houve um golpe (não militar, mas com participação dos militares “por debaixo do pano”), em 2016. O partido no governo, o PT, é o maior e mais popular do país e o mesmo partido de Lula. Este, o líder com o maior apoio entre a população. Lula sofreu uma feroz perseguição política até finalmente ser preso em abril de 2018 (atualmente, está condenado a 8 anos e 10 meses de prisão).

Durante o golpe (que se aprofundou no governo Bolsonaro), membros do PT foram presos e outros perseguidos. A direita tenta colocar toda a esquerda na ilegalidade. O PT, a CUT e o MST só não foram ainda para a clandestinidade porque são muito mais organizados e com uma base operária e popular mais consistente do que a Irmandade Muçulmana e o partido de Morsi. Afinal, o Brasil é um país com uma indústria muito mais desenvolvida do que o Egito, o que tem uma ligação direta com o desenvolvimento da classe trabalhadora e sua consciência política.

Já houve diversas denúncias de maus-tratos contra Lula, como, por exemplo, seu impedimento de ver familiares. O fato é que, se fosse pelos golpistas, Lula morreria na cadeia (basta lembrar declaração recente do general Augusto Heleno, que disse que Lula merecia prisão perpétua).

Essa é a política do imperialismo: destruir países para sugar seus recursos econômicos e naturais. Mas, para isso, é preciso executar golpes de Estado e suprimir qualquer tipo de oposição, seja prendendo ou mesmo matando os que possam representar um obstáculo para sua dominação. Foi isso o que ocorreu com Slobodan Milosevic na Iugoslávia (derrubado e morto na prisão em Haia sob condições extremamente duvidosas), Saddam Hussein no Iraque (derrubado pela invasão norte-americana a enforcado) e Muamar Kadafi na Líbia (que teve seu país bombardeado e foi morto na rua por mercenários do imperialismo). Agora, Mohamed Morsi. Esse é mais um dos motivos para lutar pela libertação imediata de Lula, para que não morra nas mãos dos verdugos imperialistas.

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