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Abandonados na vida e na morte

Morrem mais jovens pobres por coronavírus em São Paulo do que ricos

A média de mortes de pessoas com idade inferior a 60 anos é de 23,3% na capital Paulista, porém em bairros como Pinheiros este número cai para 5%.

Levantamento da prefeitura de São Paulo sobre a incidência do COVID-19 na cidade , mostra que a taxa de mortalidade nos bairros periféricos é muito superior que nas zonas ricas da capital. O estudo revela também que as vítimas jovens , com idades inferiores a 60 anos, também é superior à média da capital.

A média de mortes de pessoas com idade inferior a 60 anos é de 23,3% na capital Paulista, porém em bairros como Pinheiros este número cai para 5%. Quando se analisa a taxa de mortes acima de 60 anos, nas regiões com melhores condições sociais o percentual é de 90,4%, índice este só alcançado na periferia se for considerado como idoso pessoas acima de 40 anos.

A análise deste fenômeno feita por especialistas em saúde e epidemiologistas levanta hipóteses que justificam índices tão discrepantes do que era esperado, uma vez que a doença era tida como “ doença de idosos”.

Segundo estes, o que é determinante é a dificuldade de acesso nos bairros periféricos aos tratamentos médicos, uma vez que a evolução de um quadro sintomático leve pode ser muito rápido ao estado grave e o quanto mais cedo se tenha acesso a um respirador, mais chances de vida se tem, o que não é o caso entre a população pobre.

Invariavelmente as pessoas são orientadas a procurarem o hospital somente quando já apresentam falta de ar, situação esta que já indica insuficiência respiratória e apenas com muita sorte conseguirão uma internação com os recursos de ventilação artificial ou até mesmo vaga em UTI’s.

A diretora do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo) Denize Ornealas, acrescenta que a expectativa de vida e a média de anos de vida nas regiões periféricas sempre foi menor em decorrência das condições de vida piores. A médica também afirma que a maioria dos mortos jovens são pessoas que não podem fazer quarentena, como motoboys, porteiros e faxineiras, além do que em sua maioria além de pobres são negros.

A mortalidade maior entre a população pobre é maior em toda as circunstâncias. Pois não têm acesso a uma alimentação saudável, a moradia em condições de salubridade e a tratamento médico, apresentam também saúde mais debilitada, com incidência maior de diabetes, hipertensão e obesidade entre os jovens. Condições estas que aumentam o risco de morte em caso de contágio pelo coronavírus.

O crescimento do número de mortes na periferia é um claro mapa da desigualdade social, que se repete país afora. Desigualdade na vida, desigualdade na morte. A quantidade de leitos oferecidos pelo governo não é nem de longe o suficiente para cobrir as necessidades já anunciadas desde o início da pandemia. A enaltecida quarentena atinge apenas a burguesia e a pequena burguesia (classe média). O isolamento social é uma falácia. Para os trabalhadores em nenhum momento foi possibilitada esta alternativa.

A burguesia e a classe média, já percebendo que estão fora do risco de morte, devido aos hospitais particulares não serem requisitados pelo SUS, já age como se houvesse a normalidade no país. Em seu egoísmo inerente, exigem o fim da quarentena, que na verdade pouco existiu. E os pobres, os trabalhadores, os negros, estes continuarão a pagar a conta do capitalismo com suas próprias vidas, como sempre foi.

Para a classe trabalhadora não existe alternativa a não ser lutar por sua vida, o que neste momento se traduz na derrubada de Bolsonaro e todos os golpistas como Dória e Witzel, que fazem demagogia eleitoral sobre os cadáveres que se acumulam no país.

 

 

 

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