Nessa quinta-feira, dia 24, em São Paulo, morreu Walter Franco, compositor, cantor e instrumentista. Nascido no dia 6 de janeiro de 1945, também na capital paulista, Franco começou sua carreira já no início dos anos 70 e é considerado um vanguardista na música popular.
Antes mesmo do aparecimento do termo “Vanguarda Paulista”, movimento musical e cultural que ganhou força em São Paulo a partir da segunda metade da década de 70 com Arrigo Barnabé e Itamar Assumpção, entre outros, Walter Franco já era considerado parte do movimento.
Por sua busca incessante de composições e arranjos que fugiam do que era considerado “comum”, Walter Franco era considerado um dos “malditos” da música popular brasileira. Sua morte, embora noticiada pela imprensa golpista oficial, revela que por sua posição sempre à margem dos holofotes dos monopólios de rádio e TV se encontrava em certo esquecimento, ainda que continuasse fazendo shows.
Teve como principal álbum Revolver, de 1975 e como principais composições “Cabeça”, “Seja Feita a Vontade do Povo”, “Coração Tranquilo”, “Respire Fundo” e “Vela Aberta”., algumas conhecidas do grande público. Teve composições gravadas por nomes como Chico Buarque, Oswaldo Montenegro e as bandas Camisa de Vênus e Titãs.
Entre muitos compositores da MPB, Walter Franco é um caso da máquina inimiga da cultura representada pelos monopólios imperialistas.