No dia 11 de fevereiro, quinta-feira, foi divulgada a informação que uma das grandes lendas do jazz americano, Armando Anthony “Chick” Corea, de 79 anos, havia falecido na última terça-feira (9) em decorrência a um câncer raro, descoberto recentemente. A informação foi publicada em uma postagem de sua página oficial do Facebook. As informações sobre qual o tipo de câncer que matou o artista, não foi especificado pela família.
Em suas redes sociais, foi publicado a seguinte nota: “Ele foi um marido, pai e avô amado, e um grande mentor e amigo de muitos. Por meio de seu trabalho e das décadas que passou viajando pelo mundo, ele tocou e inspirou a vida de milhões”.
Chick Corea nutre seu gosto por jazz desde pequeno, influenciado especialmente por seu pai, um trompetista de jazz, com quem aprendeu a tocar piano aos cinco anos de idade. Suas referências vieram de grandes influências do bebop de Dizzy Gillespie, Charlie Parker, Horace Silver e Lester Young, muito presentes em sua época.
Nos anos 60, ele entrou para a banda de Miles Davis, no qual teve uma breve participação, pois, em 1970 saiu e foi integrar o grupo Return to Forever. Nesta época, com o boom do rock, Chick Corea passou a se incomodar com a perda de espaço do jazz para o rockroll. Foi aí que teve a eureka do ano: Unir os dois estilos em um só. Esse movimento ficou conhecido como Eletric Fusion. O sucesso foi tanto, que tocou com vários artistas, como Stanley Clarke, Al Di Meola, Lenny White, Bill Connors e os brasileiros Flora Purim e Airto Moreira. Em 1980, fundou o grupo Elektric Band com John Patitucci (baixo), Frank Gambale (guitarra), Eric Marienthal (sax) e Dave Weckl (bateria). Recentemente, meses antes de falecer, participou de diversas lives nas redes sociais e promoveu o curso online sobre jazz. Foi um grande pianista e tecladista, também conhecido pela grande capacidade de improvisação.
Publicado em sua rede social, Chick Corea deixa um recado:
“Quero agradecer a todos aqueles que ao longo da minha jornada que ajudaram a manter o fogo da música aceso. É minha esperança que aqueles que têm a ideia de tocar, escrever, atuar que o façam. Se não por você, então pelo resto de nós. O mundo não precisa apenas de mais artistas, mas também de muita diversão. E para os meus incríveis amigos músicos, que são uma família para mim desde que os conheci: Foi uma bênção e uma honra aprender a tocar com todos vocês. Minha missão sempre foi levar a alegria de criar em qualquer lugar que eu pudesse, e ter feito isso com todos os artistas que eu admiro tanto foi a riqueza da minha vida.”