Em uma das conversas entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol divulgadas pelo site Th Intercept Brasil, o então juiz orienta o Procurador a selecionar os nomes que apareciam na lista das elações da Odebrecht.
Na conversa, que teria acontecido em dezembro de 2016, ao relator que 30% dos nomes eram relacionados a crimes de corrupção, 30% a caixa dois e os 40% restante não se podia saber ainda, Moro orienta Dallagnol a escolher os “30% iniciais”.
No caso, a lista das delações da Odebrecht não significam que os nomes são culpados de antemão. O que chama a atenção, no entanto, é que o Juiz do caso oriente a acusação sobre o procedimento a ser tomado. Além disso, mostra que Moro e Dallagnol tinham um procedimento seletivo, se todos os nomes que apareciam na lista da empreiteira fossem realmente corruptos, poderíamos dizer que os “heróis brasileiros contra a corrupção” tinham corruptos de estimação.
Dallagnol declarou, certa vez, que a corrupção no Brasil era fruto da formação do povo brasileiro (portugueses, negros e índios) que não era “cristã”, comparando à formação dos Estados Unidos. Uma dentre tantas imbecilidades e ignorâncias desses elementos desclassificados que fazem parte da operação. Mas Dallagnol provou na prática que é o contrário do que ele afirmou. Seu amor pelos Estados Unidos o transforma em um norte-americano, um norte-americano corrupto.
Tudo isso deixa claro o que já era sabido: a Lava Jato é uma operação política. Uma articulação criminosa entre Judiciário e Ministério Público para acusar e incriminar os inimigos políticos.