O fascismo avança e Lula continua sendo a chave da situação política. A direita não se conforma com a existência de Lula e Moro pede Lei de Segurança Nacional para Lula.
Os absurdos se seguem com certa “regularidade” e Sergio Moro, pediu à Polícia Federal (PF) a abertura de um inquérito para investigar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com base num enquadramento na Lei de Segurança Nacional. A lei em referência foi largamente usada pela ditadura militar para enquadrar e perseguir opositores, entre 1964 e 1985.
Na manhã desta quarta-feira, três meses depois do pedido feito por Moro a Polícia Federal ouviu Lula. A base da acusação é uma afirmação do ex-presidente que sugere que o presidente Jair Bolsonaro seja um “miliciano”, fato notório, claro e evidente, conhecido por todos.
Moro a mando da Rede GLOBO, no pedido, sugeriu o enquadramento em dois crimes: crime contra a honra, previsto no Código Penal, e crime de calúnia ou difamação do presidente da República, “imputando-lhe fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação”. Este último crime está previsto no artigo 26 da Lei de Segurança Nacional, e prevê pena de prisão de um a quatro anos.
A fala que originou o pedido de Moro e a abertura de inquérito ocorreu num encontro entre Lula e o Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), em novembro do ano passado. O movimento divulgou um vídeo da fala do ex-presidente.
“– A direita está tentando destruir tudo que fizemos. Aqui no Brasil nós vamos ter de levantar a cabeça e lutar. Não é possível que um país do tamanho do Brasil tenha o desprazer de ter no governo um miliciano responsável direto pela violência contra o povo pobre, responsáveis pela morte da Marielle, responsável pelo impeachment da Dilma, responsáveis por mentirem a meu respeito” – disse Lula no vídeo.
Essa foi a “base” de Moro que nada fez quando o filho de Bolsonaro disse que poderia fechar o STF com um cabo e um soldado (fala dita pelo deputado Eduardo Bolsonaro). Que não se moveu quando o general Heleno (ministro do Gabinete de Segurança Institucional, GSI), que hoje fez ofensas ao Congresso Nacional, dizendo que colocaria o povo contra o Congresso. Que acoberta os crimes de Queiroz e o escritório do crime em conluio com a família Bolsonaro.
A audiência foi breve. Contudo, a ação audaciosa de Moro representa um aparelhamento ideológico das instituições, visto que seu procedimento tem como finalidade a perseguição a um opositor, aquele que pode pôr fim a bandalheira do Ministro e do Presidente.
Verdade é que não se pode ofender a honra de quem não há tem. Em seu discurso, Lula disse que “Bolsonaro foi eleito para governar para o povo e não para milicianos“. Moro, que já foi chamado de advogado de miliciano, passou a agir como tal, e não como ministro de Estado.
Pura intimidação. Moro pede Lei da Ditadura, a Lei de Segurança Nacional, para Lula ao mesmo tempo em que o Mundo lá fora, longe da proteção da impressa mais venal e, mesmo aqui no Brasil discutem seus crimes contra o PT e o ex-presidente Lula.
Assim, é preciso seguir e nos juntar as vozes das ruas que já ensaiaram o Fora Bosonaro e todos os golpistas!