Na última quarta-feira (28), o presidente neoliberal da Argentina, Maurício Macri, declarou moratória da dívida de seu país com os credores e com o FMI, estendendo os prazos em que as dívidas da Argentina vencem.
No total, as dívidas com os credores privados e com o Fundo Monetário Internacional chegam a R$ 223 bilhões de reais e elas deveriam ser pagas a partir de 2021.
De acordo com Hernán Lacunza, ministro da Fazenda argentino, essa é uma maneira de garantir que a Argentina pague integralmente suas dívidas, tendo maior capacidade para entregar os recursos econômicos nacionais aos banqueiros e especuladores internacionais.
No mesmo dia, Lacunza e o presidente do Banco Central argentino, Guido Sandleris, se reuniram com representantes do FMI que estão de visita ao país sul-americano. O ministro assumiu a pasta logo após a derrota do presidente Maurício Macri nas eleições primárias.
Macri obteve 32% dos votos, contra 47% do candidato peronista Alberto Fernández.
Na semana após as eleições, os banqueiros internacionais iniciaram uma campanha propagandística e econômica para demonstrar que seus interesses devem ser seguidos por qualquer um que governar a Argentina no próximo período.
Fernández declarou que não irá mexer com os interesses dos banqueiros e especuladores, enquanto Macri, como medida demagógica para obter apoio popular, congelou o preço dos combustíveis. No entanto, logo em seguida, teve de voltar atrás, sob a pressão insuportável da burguesia.
O governo Macri tem sido um desastre desde o início. A inflação está em quase 50%, enquanto que milhões de argentinos foram jogados na linha da pobreza, com o aumento gigantesco da carestia de vida e das tarifas de transporte, energia e gás.