A região Oeste do Paraná sempre foi palco de grandes conflitos de Terra entre indígenas e latifundiários. Mas desde o golpe de Estado em 2016 a gravidade dos conflitos aumentou exponencialmente, principalmente após as eleições fraudadas que elegeram o fascista Jair Bolsonaro.
O conflito entre latifundiários e indígenas sempre foi aberto, mas agora possui mais um agente dos golpistas que está cada vez mais atuante contra os povos indígenas, sem-terra e trabalhadores da cidade: o poder Judiciário.
Nesta terça-feira, dia 6, após uma reunião da Coordenação Técnica Regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), o indígena Donecildo Agueiro, de 21 anos, da etnia Ava-Guarani, sofreu uma tentativa de assassinato e encontra hospitalizado.
Um dia após a tentativa de assassinato, o desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF), Cândido Alfredo S. Leal Junior, suspendeu as demarcações de terras indígenas na região dos municípios de Altônia, Guaíra e Terra Roxa. A decisão do juiz golpista foi embasada no pedido da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP).
A atuação conjunta de latifundiários, pistoleiros e judiciário é uma frente golpista de extrema-direita para acabar com o movimento indígena e abrir as terras indígenas para os latifundiários.
As declarações de Jair Bolsonaro estão dando aval para que os latifundiários e o judiciário atuem da maneira mais violenta e arbitrária possível para impedir novas demarcações de terras indígenas, ou seja, a situação de conflitos no campo tende a piorar muito e ocorrer de maneira mais aberta. E devido a sua fragilidade, os movimentos sociais no campo são o primeiro alvo da extrema-direita.
É preciso formar comitês de autodefesa para combater o avanço da extrema-direita no campo.