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Demissão ou morte?

Montadoras da Fiat-Chrysler reabrem por todo o mundo

Fábricas da montadora devem ser reabertas no dia 11 de maio, justamente no pico da pandemia. A medida evidencia a crise do capitalismo.

A crise causada pelo vírus COVID-19 fez com que várias empresas do setor automobilístico paralisassem as atividades em suas fábricas a partir do mês de março, com seus trabalhadores em férias coletivas ou fazendo o chamado home office.

Nesta semana a direção geral da Fiat-Chrysler Automóveis anunciou que está planejando a reabertura de suas fábricas ao redor do mundo. No Brasil está marcada a volta para a segunda feira, dia 11 de maio, de todas suas fábricas, seguindo um procedimento que foi feito na China e na Itália.

Essa retomada de atividades da Fiat-Chrysler começou em algumas unidades na Europa. Além do Brasil serão reabertas fábricas nos Estados Unidos (com exceção da unidade de Belvidere, no estado de Illinois, que só retornará em junho) e a unidade de Ranjangaon na Índia, todas no dia 18 de maio. O restante das plantas europeias ficará para o final de maio, retornando aos poucos até o começo de julho.

No Brasil montadoras como a BMW e a Renault já retomaram suas produções.

Por outro lado a Anfavea, a associação das montadoras, declarou que o faturamento do setor caiu cerca de 80% por causa da pandemia. Por isso esta retomada seria feita em um ritmo abaixo do normal diante da queda “dramática” de vendas do segundo trimestre e previsões pessimistas para os meses seguintes, provavelmente abaixo das vendas do ano de 2019.

Desta forma, as montadoras estariam tomando medidas para proteger o caixa, utilizando uma agressiva política de redução de custos.

Nesse sentido o que poderá ocorrer em um primeiro momento é a redução de quadros nas fábricas. De acordo com os dados da Anfavea, no período antes do anúncio dos primeiros casos do coronavirus a indústria empregava 126 mil funcionários.

A Fiat-Chrysler tem cerca de 10.000 trabalhadores ligados à produção.

Esta notícia demonstra claramente que as indústrias capitalistas estão passando por uma crise sem precedentes, enfrentando o fantasma da falência. Esse é um fantasma que muitas empresas de pequeno e médio porte já estão encarando, já que tem pouca capacidade de suportar um longo período sem entrada de dinheiro. Por aí se conclui que as montadoras aceleraram a volta às atividades para conter sua crise. Os sindicatos dos trabalhadores da categoria deveriam tomar uma posição firme contra o retorno dos trabalhadores às fábricas. Mas ao invés disso tem lutado apenas para minimizar os efeitos da volta, exigindo maiores medidas de segurança, o que é, obviamente, muito pouco.

O problema para os operários é que esta reabertura das fábricas acontecerá justamente antes do pico da pandemia. Segundo declarações do Ministério da Saúde o período mais crítico da doença será conhecido entre maio, junho e julho deste ano.

Ou seja, a volta coincidirá com o período em que haverá mais casos de contaminação e mortes. E os meses de inverno são ainda a época do ano em que há maior incidência de casos de doenças respiratórias em geral. A situação se agrava quando se constata que os governos não têm uma política de prevenção da doença: faltam testes, há uma demora para se processá-los, há falta de leitos hospitalares, equipamentos respiratórios, falta de médicos e outros profissionais da saúde etc. Muitos órgãos internacionais já apontam o Brasil como o próprio epicentro da doença.

Fica aí claro que o dilema do trabalhador da indústria automotiva se resume a voltar ao trabalho, correndo um grande risco de vida ou ser mais uma vítima da política de cortes de pessoal ou da redução de jornada e consequente redução de salário. Qualquer uma das alternativas significa mais um brutal ataque aos seus direitos mais básicos e elementares.

Para os capitalistas não há valor nas vidas humanas já que seu lucro vem em primeiro lugar. Para eles é mais importante um carro zero quilometro no mercado do que a vida daquele que o produziu.

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