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Liberdade de Expressão

Monopólios e o Estado capitalista: máquinas contra o povo

Como os monopolios de comunicação protegem o Estado burguês

O monopólio é o produto final do capitalismo, é invariavelmente o resultado da atuação das leis do livre mercado. Podemos facilmente comprovar esta tese em diversos setores da economia mundial, inclusive nas comunicações, cujos monopólios já são uma realidade a algumas décadas, sobretudo no meio digital. Empresas como Twitter e Facebook dominam a quase totalidade deste mercado em âmbito mundial.

A consequência imediata do monopólio nas comunicações é a perda da liberdade de expressão, uma das vacas sagradas da democracia burguesa. Os fatos recentes de censura impostas pelos monopólios de redes sociais nos EUA, mostram que na realidade a defesa da liberdade de expressão pela democracia burguesa não passa de demagogia. Assim, a tal liberdade só é possível se a expressão, ou opinião, não se chocar contra os interesses da classe dominante, neste caso os da burguesia imperialista estadunidense.

Tanto os monopólios quanto o Estado, através de suas instituições, são dominados pela burguesia, no caso americano pela burguesia imperialista que usa todo um arsenal de propaganda e controle da opinião pública através destes meios. Recentemente o jornalista americano Glenn Greenwald escreveu um artigo onde explicou a inconsistência da argumentação para o banimento de Donald Trump das redes sociais, segundo o qual Trump teria incitado seus apoiadores à violência no caso do ato de protesto que ocupou o Congresso americano. Os mesmos que defendem este ponto de vista não consideram incitação a violência, a política de desestabilização aplicada contra Cuba, Venezuela e Bielorrússia por exemplo, tampouco o patrocínio destas mesmas redes sociais, de bilionários americanos e do próprio Estado aos golpes de Estado promovidos na América Latina desde a doutrina Monroe.

Há quem diga, inclusive na esquerda brasileira, que não ocorre censura quando uma empresa de comunicação privada caça o direito de expressão de um usuário, sobretudo um usuário que utiliza um serviço gratuitamente. No entanto se esta empresa controla um monopólio e pior, age de forma cartelizada como fizeram Twitter e Facebook, decidindo de forma unilateral o que é verdade, o que é mentira e o que é aceitável sob sua própria concepção, é obvio que se trata de censura. Além do mais, como muito bem demostrou Edward Snoden, estas empresas agem em conjunto com o Estado para espionar ilegalmente toda a população mundial, fazendo delas um apêndice do Estado.

A censura a Trump abre caminho para a caça as bruxas no terreno da opinião, fala-se muito nas “fake news”, como se a mentira fosse algo novo na política, surgida com os novos meios de comunicação. O que os monopólios de comunicação querem na verdade é mais um monopólio, o monopólio sobre a mentira, afinal quem vai decidir sobre o que é verdade e o que é mentira, o Twitter? O Facebook? O Estado? O poder de calar que está sendo dado aos monopólios, com apoio de uma parcela confusa da esquerda, equipara estes em poder ao próprio Estado.

A pretensa caça a extrema direita nos EUA é na verdade um expurgo a todas as forças não alinhadas aos interesses da burguesia imperialista, este expurgo é orientado pelo Estado e executado pelos monopólios. Fatalmente este expurgo será ampliado na medida que a crise política perdurar nos EUA e será exportado para os países atrasados como o Brasil, por exemplo.

Parte da esquerda brasileira não só comemorou a censura a Trump como também pediu que repetissem aqui o mesmo ardil contra Bolsonaro. Parecem até não saber que Bolsonaro foi colocado no poder pelo Twitter, Facebook, Trump, Obama, Biden e toda a burguesia americana. Bolsonaro pode não ser o funcionário modelo do imperialismo, mas seguirão com ele até achar alguém melhor para substituí-lo. Já explicamos repetidas vezes aqui no Diário Causa Operária como pretendem substituir Bolsonaro, mas não custa repetir, será por meio do plano Biden, ou melhor dizendo, frente ampla. Bolsonaro será pintado com as cores do mal absoluto, um espantalho, para que então um herói supostamente de centro seja oferecido ao povo como unificador do país, uma armadilha que precisa ser denunciada e combatida como a farsa que realmente é.

A esquerda, historicamente defensora da liberdade de expressão e contrária aos monopólios privados não pode sob nenhuma hipótese apoiar a censura, sobretudo por parte das forças mais destrutivas e genocidas do mundo, o imperialismo, nem mesmo em nome de um falso combate ao fascismo. No Brasil esta lição já deveria ter sido apreendida pela esquerda, vítima que fomos de um golpe de Estado onde a mentira, a censura e a fraude foram largamente empregadas, inicialmente para derrubar o PT do poder e em seguida para impedir o seu retorno, através de Lula, com a farsa da lava jato. Fatos semelhantes se repetiram e se repetem ainda hoje por toda a América Latina.

Nos EUA, os monopólios de comunicação e o Estado são engrenagens conectadas da mesma máquina de esmagar o povo. O novo governo recém empossado já deixou claro como esta máquina será usada, já se fala de uma nova lei antiterror, desta vez tendo como alvo o próprio povo americano, deixando claro que tempos de repressão se aproximam. No plano internacional Biden endureceu a guerra contra Cuba, voltou a reconhecer o ilegítimo Guaidó como presidente da Venezuela, renovou a pressão, inclusive militar contra Irã, Rússia e China.

Esta nova investida do imperialismo recrudesce a luta de classes em todo o mundo e só poderá ser combatida com mais liberdade de expressão e mais esclarecimento da população e não o contrário.

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