O jornal norte-americano The Washington Post denunciou mais um escândalo da indústria farmacêutica: o laboratório Pfizer descobriu um medicamento que poderia reduzir em 64% o risco de uma pessoa contrair Alzheimer e está escondendo essa informação desde 2015.
Trata-se do remédio Enbrel, que é um anti-inflamatório usado para tratar artrite reumatóide. O medicamento é um sucesso de vendas, com um faturamento anual de US$ 2,1 bilhões.
Alzheimer é uma doença que atinge mais de 10 milhões de pessoas por ano no mundo todo. Mais comum ainda no países mais pobres. A descoberta do remédio seria um grande passo na luta contra a doença.
Segundo a reportagem, o motivo é que a patente do medicamento havia expirado. Sendo assim, qualquer empresa poderia lucrar com a descoberta e não somente a Pfizer.
Ou seja, não importa o quanto a informação beneficiaria os doentes, e sim seus resultados financeiros.
Esses casos, infelizmente são comuns nesse setor. Eles escondem informações e descobertas importantes que ajudariam milhões de pessoas no mundo todo, devido a “baixa lucratividade”.
Nessa reportagem fica bem claro a lógica do capitalismo: lucro acima de todos!
Não importa se é um medicamento que salvaria vidas ou um guarda-chuva. Se não dá lucro, não interessa. O que mostra também como o capitalismo é um regime falido que não tem mais nada a oferecer para o povo.