A realidade se impondo. O herói do povo, governador Ibanez Rocha, a quem o sindicato dos professores, ofereceu a sede do sindicato no setor de indústria gráficas (SIG) e chácara do SINPRO, localizada no núcleo rural Alexandre Gusmão, para que servissem de enfermarias dá o ultimato para a volta as aulas.
Fica agora a dúvida, especialmente dirigida à diretoria do SINPRO, sobre quem poderá impedir a catástrofe certa pelo contágio do covid-19 no retorno das atividades escolares presenciais? Deve ser a pergunta que os professores da rede publica de Brasília, estão se fazendo, pois o herói do povo, o humanitário governador amigo do sindicato, em plena pandemia, quer impor a volta às aulas e submeter alunos e professores ao coronavírus.
Depois de uma reunião com o também fascista Jair Bolsonaro no dia 20/04, na última segunda feira, o governador diminuiu o tom da demagogia e sinalizou a reabertura das escolas militarizadas em Brasília e deu 10 dias para o secretario de Educação do DF, João Pedro Ferraz dos Passos, elaborar e apresentar plano para efetivar a reabertura das escolas do Distrito Federal, a começar pelas turmas do ensino médio.
O sindicato, que dias atrás oferecia sua sede ao governador e engrossava o coro da demagogia, pela unidade nacional, ou seja, que na luta contra o coronavírus não existe luta de classes, em tom de arrependimento, publicou uma nota no Correio Braziliense contra a pretensão do governador Ibaneis de reabrir as escolas públicas do DF.
A tendência é que a intensidade do cinismo e da demagogia da política covarde do “fica em casa” diminua, dado que a hipócrita preocupação de governadores golpistas como Doria, Ibaneis, Caiado e Witzel (que nunca se preocuparam com povo), atendendo a mudança dos humores da burguesia, acabem com o isolamento social.
O sindicato dos professores de Brasília SINPRO, primeiro tem que reabrir as portas imediatamente e mobilizar os professores, chamar assembleias por regional, constituir conselhos populares a partir de cada escola para barrar a reabertura, inclusive com a greve, caso necessário. Concomitante mobilizar pais e alunos para o perigo das volta as aulas em plena pandemia.