O presidente norte-americano, Donald Trump, decretou o congelamento de todos os ativos do Estado venezuelano nos Estados Unidos e o fim de todas as transações comerciais entre os dois países, o que intensifica de maneira exponencial o bloqueio econômico imposto pela potência imperialista ao país sul-americano.
Essa é a ação mais pesada que o governo dos EUA adota contra a Venezuela no âmbito econômico, após anos de sabotagens e sanções. Tal medida não era adotada contra um país do chamado “Ocidente” desde a década de 1980.
O conselheiro de Segurança Nacional do governo norte-americano, John Bolton – um “falcão” de extrema-direita a serviço dos grandes monopólios internacionais -, disse que os EUA estão dispostos a adotar sanções contra as empresas de outros países que façam negócios com o Estado venezuelano e voltou a ameaçar uma intensificação das ações imperialistas contra a Venezuela.
Esse cerco ao país caribenho governado por Nicolás Maduro é quase tão feroz quanto o bloqueio econômico imposto em 1961 contra Cuba. É uma política genocida, que impede esses dois países de comprarem normalmente produtos básicos para seus povos, como comida e remédios, além de todos os tipos de instrumentos e estruturas para o funcionamento econômico desses países. É um isolamento brutal que, literalmente, pode matar seus povos de fome. Segundo um relatório divulgado há poucos meses por um centro de estudos norte-americano, cerca de 40 mil venezuelanos morreram devido ao bloqueio dos Estados Unidos.
No recente 25º encontro do Foro de São Paulo, o Partido da Causa Operária (PCO), que participou como convidado, propôs uma grande mobilização continental da esquerda contra os bloqueios a Cuba e à Venezuela, tendo a aderência dos demais partidos e organizações presentes e inserindo-se na declaração final do Foro.
Para que isso ocorra, são precisas medidas práticas de mobilização nas ruas. Por isso, é urgente que ocorram manifestações populares para acabar com o bloqueio imperialista, no Brasil e nos outros países, e em solidariedade aos povos irmãos de Cuba e da Venezuela. A esquerda precisa realizar atos de rua contra o bloqueio criminoso do imperialismo. Fora imperialismo da América Latina! Abaixo à agressão dos EUA contra a Venezuela!