O imperialismo norte-americano voltou a intensificar sua ofensiva golpista contra o governo do presidente Nicolás Maduro e o povo venezuelano, ameaçando – inclusive – com as possibilidades de uma intervenção estrangeira, de um golpe de Estado ou de uma guerra civil.
Em uma clara provocação, armou uma farsa em que um deputado-“playboy”, Juan Guaidó, do partido de extrema-direita Vontade Popular (VP), à serviço dos EUA, se declarou, sem nenhum voto, “presidente interino da Venezuela”, uma semana depois que tomou posse o governo legítimo de Maduro, que recebeu quase 70% do voto do eleitorado que foi às urnas para ser presidente do país vizinho.
De olho no petróleo e demais riquezas na Venezuela, a mesma potência capitalista que invadiu e destruiu o Iraque, a Líbia, o Afeganistão e tantos outros países, decidiu não reconhecer o governo Maduro e apoiar o inexistente “governo interino” do seu fantoche. Ao mesmo tempo, Trump ordenou a seus fantoches latino-americanos que o seguissem. Nisso foi obedecido por Bolsonaro e outros governos golpistas de nosso continente.
Isso quando é absolutamente evidente que nenhum desses países tem a menor autoridade para dizer que Maduro é ilegítimo, uma vez que a maioria deles é governada por presidentes que assumiram após golpes de Estado ou eleições fraudulentas, como é o caso do fascista Jair Bolsonaro, presidente ilegítimo que só está no governo por conta da condenação, prisão e cassação ilegal da candidatura da maior liderança popular do País, o ex-presidente Lula, em quem a maioria do povo queria votar.
Toda a trama da direita golpista foi planejada há tempos pelos mesmos responsáveis pelo golpe de Estado que derrubou a presidenta Dilma Rousseff, em 2016, e que mantém Lula como preso político. A intenção, como já havia sido denunciado por coletivos chavistas, é de causar o máximo de violência e caos para jogar a culpa na “repressão” da “ditadura” de Nicolás Maduro. De fato, houve as chamadas “guarimbas” (incêndios e barricadas) e, inclusive, mortes, causadas pelas ações da direita.
O que acontece na Venezuela, é uma operação clara de golpe de Estado, fascista e contra revolucionário. Com o objetivo de instaurar uma ditadura de extrema-direita, fascista e controlada pelos EUA, como é o governo brasileiro. Essa operação não conta com apoio popular, como ficou evidente nas manifestações de centenas de milhares que apoiaram o governo da Venezuela, pressionando – inclusive – as declarações contra o golpe de todos os comandantes militares e dos governadores. Centenas de milhares de pessoas, estarias armadas e organizadas em milícias populares em toda a Venezuela, dispostas a resistir e derrotar o golpe, como fizeram em 2002, quando os EUA e os golpistas derrubaram Hugo Chavéz e foram obrigados a recuarem pela mobilização revolucionária.
Na Venezuela, no Brasil e em toda a América Latina, já ficou provado que o caminho para derrotar o golpe não são os discursos e negociatas no Congresso, nem as inúteis ações no judiciário comandado pelos golpistas, mas única e exclusivamente, a mobilização revolucionária dos explorados e de suas organizações de luta.
Se a classe operária venezuelana sair vitoriosa diante do imperialismo, a situação de golpes de Estado e reação pode se inverter e levar o continente para uma ampla onda de luta que leve à derrota da direita e à expulsão do imperialismo e à vitória da mobilização revolucionária das massas.
Diante dessa situação nós do Partido da Causa Operária (PCO), estamos chamando a toda a esquerda e aos trabalhadores brasileiros a se mobilizarem amplamente em defesa da Venezuela contra o golpe internacional orquestrado pelo imperialismo norte-americano. O destino da Venezuela pesará sobre o destino dos trabalhadores brasileiros diante de Jair Bolsonaro. Derrotar o golpe na Venezuela é derrotar Bolsonaro. Calar-se é apoiar Bolsonaro
Convidamos os trabalhadores e à juventude a realizarmos atos contra o golpe de estado na Venezuela, contra a provocação e a intervenção dos EUA na América Latina em todo o País.
Chamamos os companheiros do PT e de toda a esquerda a se unirem nessa iniciativa. Que os sindicatos e demais organizações de luta dos explorados do campo e da cidade, se juntem nessa luta fundamental para todo o povo brasileiro e latino americano.
- Abaixo o golpe de Estado na Venezuela. Todo apoio ao governo Maduro contra os ataques da direita
- Fora os EUA e todo o imperialismo da América Latina
- Fora Bolsonaro e todos os golpistas
- Liberdade para Lula e todos os presos políticos.