Da redação – A luta contra o golpe tem uma continuidade desde a resistência à campanha golpista pela derrubada de Dilma Rousseff, que começou antes de 2016. De modo que as mobilizações contra Bolsonaro hoje são desdobramentos de toda a resistência anterior. Portanto, há condições para a luta contra o golpe criadas pela própria resistência contínua contra o golpe que dura até hoje. Além disso, há uma ampla rejeição popular ao programa neoliberal da direita golpista. Como em todo o continente, há uma propensão dos trabalhadores a reagir às medidas neoliberais do governo golpista.
Portanto, há uma tendência à mobilização contra o governo Bolsonaro. Essa tendência precisa ser estimulada e organizada em torno de uma política clara e que tenha possibilidade de levar a uma derrota da direita golpista. É por isso que a exigência de liberdade para Lula é tão importante nesse momento. Ela mobiliza em torno de uma política de confronto com o regime político que pode levar a uma derrota da direita.
Curitiba hoje
Nesse sentido, hoje está sendo realizado um grande ato nacional pela liberdade de Lula em Curitiba. Milhares de pessoas se dirigiram à capital paranaense para demonstrar seu apoio ao ex-presidente, preso político há 568 dias, condenado sem provas pela Lava Jato. Repetindo e ampliando o ato que aconteceu em 14 de setembro, essa manifestação mostra que é possível fazer uma grande campanha nas ruas em torno dessa reivindicação.
Durante todo o mês, os militantes do PCO se concentraram em fazer uma grande convocação para o ato e em fazer uma campanha financeira para custear as caravanas que hoje levaram milhares de pessoas de todas as partes do país para protestar em Curitiba. É possível mobilizar pela liberdade de Lula, e é necessário fazê-lo na luta contra a direita golpista. A direita organizou o regime político para manter Lula arbitrariamente preso. É preciso romper esse cerco e impor a liberdade do ex-presidente, o que seria uma derrota profunda dos golpistas e colocaria a direita em xeque.