Da redação – Nesta segunda-feira (5), o juiz Sergio Moro pediu férias à Corregedoria da Justiça Federal da 4ª Região. Em seu pedido Moro diz que só deverá pedir exoneração do cargo de juiz só em janeiro, quando for assumir o cargo de ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro. Até lá, Moro estará de férias recebendo o gordo salário de juiz.
Moro aceitou na semana passada o convite de Bolsonaro para assumir o ministério. O vice na chapa de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, afirmou que a conversa com Moro sobre o cargo teria acontecido ainda durante as eleições. Ou seja, Moro sabia durante o processo eleitoral que era um candidato a ministro da Justiça na chapa de extrema-direita de Jair Bolsonaro. Esse fato jogou luz sobre a perseguição contra Lula levada adiante por Moro. Esse fato motivou que a defesa de Lula entrasse hoje com um novo pedido de habeas corpus, pois ficou provado que o ex-presidente jamais teve um julgamento imparcial.
Um desdobramento estranho desse acontecimento veio nesta segunda-feira com o fato de que Moro ainda não pediu exoneração. Aparentemente, o juiz quer garantir seu cargo de juiz até o último momento. Isso coloca algumas dúvidas que poderão ou não ser respondidas no curso dos acontecimentos: estaria o governo reconsiderando o convite a Sergio Moro? Além disso, estaria Sergio Moro reconsiderando a aceitação do convite, que já desmoralizou a Lava Jato de forma irrevrsível?