O ministro do Meio Ambiente (MMA), Ricardo Salles, atendeu ao pedido da bancada ruralista no Congresso Nacional e nomeou Maira Santos de Souza, de 25 anos, filha de fazendeiros, para administrar o Parque Nacional Lagoa do Peixe. O Lagoa do Peixe é uma unidade de conservação administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
O deputado federal Alceu Moreira (MDB-RS), presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, foi diretamente responsável pela nomeação. Maira Santos tem em seu currículo o trabalho em propriedade de sua família, de latifundiários do Rio Grande do Sul. De acordo com o deputado ruralista, o objetivo da nomeação é abrir caminho para mudar o Parque da categoria de Unidade de Conservação para Área de Proteção Ambiental, quase nada restritiva, e assim permitir a exploração comercial e a redução de sua área.
Os funcionários do ICMBio acusam Ricardo Salles de perseguição, que tem se materializado na abertura de processos administrativos e disciplinares contra eles. Servidores do IBAMA que trabalham em seis Estados e no Distrito Federal protocolaram representação ao Ministério Público Federal contra Salles por assédio moral coletivo. No próprio IBAMA e no ICMBio, os funcionários denunciam a coação e a censura, uma vez que estão impedidos de se manifestarem sem se submeterem previamente à visão da gestão do MMA. Os setores de comunicação dos dois órgãos foram desmontados e, em seguida, centralizados no MMA, na pessoa de Ricardo Salles.
O fascista Ricardo Salles age para banir a crítica, pela via da coação e do terror, à política de destruição ambiental do governo Jair Bolsonaro (PSL), que atende aos interesses do agronegócio.