Da redação – A Central Única dos Trabalhadores (CUT) denunciou em matéria nesta terça-feira (11), o futuro ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, escolhido pelo presidente eleito pela fraude, Jair Bolsonaro (PSL), por tentar vender 34 áreas florestais e estações experimentais de produção de madeira vinculadas ao Instituto Florestal em 2017. A ação entreguista e criminosa contra o meio ambiente aconteceu quando o direitista era – pasmem – secretário estadual de Meio Ambiente na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB). É o típico jogo em que se “coloca a raposa para cuidar do galinheiro”.
Publicada no Diário Oficial, a resolução 06/2017 da Secretaria, instituiu a construção de um comitê de avaliação para o chamamento público “visando à prospecção de interessados em concessão de uso ou aquisição de áreas”. Na lista estavam 12 florestas estaduais, entre elas a de Cajuru, com 1.909 hectares, 18 estações experimentais, como a de Itapetininga, com 6.706 hectares, além de dois hortos florestais e dois viveiros.
A CUT denuncia que em SP não há legislação que autorize o governo a vender essas áreas, mas apenas alienar temporariamente, o que não deveria acontecer também por conta das análises da perícia sobre o risco de se modificar essas áreas.
Salles foi investigado em diversos casos pelo Ministério Público estadual, como por exemplo por improbidade administrativa, foi denunciado também por intermediar uma proposta de negociação do imóvel da sede do Instituto Geológico – apesar de a transação ser desaconselhada por assessoria do governo -, chegando até, em mais um exemplo de como é um grande ambientalista, a se tornar réu em uma ação civil pública na qual é acusado de alterar o zoneamento da proposta de plano de manejo da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê para beneficiar empresários a jogarem todo tipo de lixo nas águas.
Após todos esses escândalos, foi exonerado no final de agosto pelo governador tucano Geraldo Alckmin, de quem havia sido secretário particular.
Esses golpistas são especialistas em passar por cima da lei para ganhar muito dinheiro, desmatando cada centímetro possível de mata e através de todas as formas que estiverem à disposição: comprando funcionários públicos, legalizando o desaguar de dejetos químicos em rios e acabando com áreas verdes.