O ministro da Saúde, Nelson Teich, viajou até Manaus nos primeiros dias de maio. Na segunda-feira (4), logo no começo da tarde, visitou o Comando Militar da Amazônia, reunindo autoridades da Marinha, Aeronáutica e Exército Brasileiro, para definir “estratégias” para conter o Covid-19 em seu estado. Logo após ministro dirigiu-se direto para hospitais da capital.
Em seu primeiro dia, Teich, foi exercer um amplo debate com as Forças Armadas, discutir planejamento e toda a logística de “apoio” que vem sendo feito pelos militares para “combater” o coronavírus, logo após sua passagem ao CMA, ministro foi direto ao hospital Nilton Lins, improvisado pelo governo para atender pacientes infectados pelo vírus.
“O que vemos aqui é um local de potencial muito grande. Onde a gente vai ajudar como Ministério, é ajudar na capacidade cuidar de pessoas. Vai ter necessidade de recursos humanos e aparelhagem, e a gente vai trabalhar para ajudar nisso. É um hospital amplo, com espaço para crescer e ser utilizado. O que é importante agora é fazer com que ele consiga entregar a capacidade de cuidar das pessoas”, afirmou Teich
Ao contrário o que declarou o ministro golpista, o estado de Amazonas vive em calamidade pública, hospitais lotados, não se tem leitos para o povo, uma verdadeira crise na saúde pública que vem se estendendo desde o golpe de 2016, muito antes da pandemia. No estado de Amazonas se tem 12 cidades entre as 20 com maiores incidências de casos do Covid-19 no Brasil, além de 5 municípios do estado que também está entre os 10 com maior índice de mortalidade no país, um levantamento feito pelas secretarias estaduais de saúde.
O verdadeiro objetivo do ministro nazista de diretamente se reunir com os militares, não passa de uma política de repressão ainda maior encima dos trabalhadores. Os militares não foram reunidos para combater o vírus, muito pouco para conter a disseminação do coronavírus, sua ordem é para calar os trabalhadores, proibir o povo de se defender.
O colapso que está o sistema de saúde, pode levar a classe dos trabalhadores a uma grande mobilização, reivindicando suas necessidades básicas. Ministro quer a PM para conter e proibir, usar a força contra o povo que está morrendo dentro dos hospitais e fora dele, por falta de equipamentos como respiradores, com a falta de médicos e infraestrutura.
O regime golpista é uma ditadura disfarçada, uma política exercida pela direita e todos seus setores que não se importam nem um pouco com o povo pobre. O governo aposta tudo na política do “fique em casa”, não se tem uma política para enfrentar a crise e nem para sair dela. Assim, o ministro planeja o uso dos militares para reprimir qualquer tipo de manifestação contra o governo de Bolsonaro.
É preciso organizar os trabalhadores para criar uma ampla mobilização e comitês populares, defender-se da repressão militar, que pode ser imposta pelo ministro Nelson Teich, mobilizar pelo aumento do número de leitos, melhoria dos hospitais públicos, por equipamentos necessários para combater o Covid-19, pelo fim da ditadura militar, pela dissolução da PM, vinculando a mobilização com o “Fora Bolsonaro”.