O anúncio de que o governo pretende privatizar pelo menos 20 unidades de conservação até o final de 2019 foi realizado pelo ministro da destruição do Meio Ambiente, Ricardo Salles, e apoiado integralmente pelo presidente ilegítimo Jair Bolsonaro.
Segundo o ministro Ricardo Salles, Jericoacoara, no Ceará, os Lençóis Maranhenses, a Chapada dos Guimarães, no Mato Grosso e o parque de Aparados da Serra, no Rio Grande do Sul. O ministro anunciou que o modelo de privatização dessas unidades chama-se “toma que o filho é teu”.
Bolsonaro saiu em defesa da política de entrega do patrimônio nacional para as empresas privadas e disse em seu twitter que o Brasil tem um enorme potencial turístico que precisa de infraestrutura de visitação, justificando a privatização. Mas os interesses são outros, na verdade as unidades de conservação anunciada são conhecidas pelo seu alto valor turístico com belezas naturais conhecidas mundialmente e são os mais visitados do país.
Apenas essas quatro unidades de conservação citadas nesta matéria somam mais de 300 mil hectares e meio milhão de visitantes todos os anos. Uma enorme riqueza colocada nas mãos de empresas de turismo e que vão lucrar ainda mais as custas da população brasileira e do meio ambiente.
Os bolsonaristas, em particular o fascista Ricardo Salles, foi colocado como ministro para estrangular o Ministério do Meio Ambiente com corte de recursos e perseguição de seus funcionários para colocar em prática um plano de entrega de milhões de hectares de terra de unidades de conservação para empresas privadas, como mineradoras, madeireiras e empresas de turismo.
Para isso vão tomar qualquer medida necessária, seja perseguir ou destruir a legislação ambiental. Por isso, não é possível derrotar essa política pedindo a exoneração de Ricardo Salles. É preciso derrotar o governo Bolsonaro como um todo para barrar os cortes no orçamento, destruição da política proteção dos recursos naturais e da entrega desse enorme patrimônio para as empresas estrangeiras.